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Prefeito Edvaldo abre 85ª Reunião Geral da FNP ao lado do presidente em exercício, Geraldo Alckmin

Prefeito Edvaldo abre 85ª Reunião Geral da FNP ao lado do presidente em exercício, Geraldo Alckmin

Prefeito Edvaldo abre 85ª Reunião Geral da FNP ao lado do presidente em exercício, Geraldo Alckmin

Ao lado do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, abriu a 85ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), na manhã desta terça-feira, 28, em Brasília. Presidente da entidade que congrega mais de 400 gestores e gestoras de todo o Brasil, Edvaldo destacou os grandes desafios enfrentados pelas cidades no último ano e defendeu o fortalecimento do pacto federativo. A abertura do evento contou ainda com a presença do ministro Alexandre Padilha, do presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, além de dezenas de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais.

Ao saudar os presentes, Edvaldo destacou a relevância do encontro para o progresso do país. “Essa é uma reunião muito importante e que coloca em evidência assuntos fundamentais para o nosso dia a dia. Vivemos momentos difíceis no país e no mundo, situações que interferem em nossa vida cotidiana e estamos aqui para chamar a atenção para essas temáticas. Neste sentido, ao longo destes dois dias, estaremos concentrados nessas discussões, mas, sobretudo, no fortalecimento do pacto federativo, para que construamos um país mais justo, igualitário e com a devida importância de cada ente da Federação”, afirmou.

O presidente da FNP ressaltou também que a presença do presidente em exercício no evento, assim como das demais autoridades, “demonstra a magnitude da Reunião Geral”. “Para nós, é uma honra ter o presidente em exercício na abertura da nossa reunião nacional. Sua vinda mostra a importância da Frente para construção dos principais debates do país. Após quatro anos sem relação direta com o governo federal, os municípios brasileiros voltaram a dialogar e a participar ativamente. Iniciamos um novo tempo e queremos reafirmar que estaremos juntos para enfrentar os desafios”, reiterou Edvaldo, lembrando o encontro com Alckmin, no final de 2022, para a entrega da Carta das Cidades que culminou na instalação do Conselho da Federação.

Edvaldo enfatizou ainda a importância da mudança do nome da entidade municipalista, que passa a ser denominada Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos, e cuja nova logomarca foi apresentada no evento. “Esta entidade foi criada em 1989, a partir de uma articulação feita por Luiza Erundina, durante o seu mandato como prefeita de São Paulo. É uma entidade que é feita por prefeitas e prefeitos e nós queremos trabalhar pela igualdade entre homens e mulheres, ampliando, cada vez mais, a representatividade e visibilidade dessas gestoras que tanto contribuem para o desenvolvimento do país. É, ainda, uma maneira de encorajar mais mulheres a se envolverem na política”, frisou.

Presente na mesa de abertura, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, reafirmou o compromisso do governo federal com o “fortalecimento da federação brasileira”. “Trago um fraterno e caloroso abraço do presidente Lula e reafirmo o nosso compromisso com o fortalecimento da federação. O governo Lula fará a recuperação da perda do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que foi perdido por Estados e Municípios, e já iniciaremos a compensação nesta sexta-feira, dia 30, com o repasse de R$8,7 bilhões, sendo 25% deste valor para os municípios. Não cortamos o ICMS de nenhum ente, mas temos o compromisso de ajudar e recuperar ”, afirmou o presidente, ressaltando que o Brasil é um país de dimensões continentais e que a descentralização é fundamental.

Alckmin lembrou também os esforços empreendidos pelo governo federal na área de serviços públicos, além do lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e do relançamento do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, iniciativas que, segundo ele, irão acelerar o desenvolvimento do país.  Em sua participação, Alckmin elogiou ainda as iniciativas da FNP e defendeu o protagonismo dos municípios em pautas como educação, saúde e mobilidade urbana.

Da mesma forma, o presidente do Senado em exercício, senador Veneziano Vital do Rêgo, em sua participação na mesa, definiu a Reunião Geral como um momento “extremamente oportuno para debater os problemas e desafios dos municípios do país”.“Fui prefeito de Campina Grande e sei o que os gestores enfrentam. Por isso, considero este encontro extremamente importante. A palavra do Senado é de comprometimento com os municípios, na discussão de temas que têm reflexo na vida do cidadão”, completou.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que também compôs a mesa de abertura, apresentou um balanço das ações do primeiro ano do governo Lula no evento e agradeceu o apoio da Frente Nacional na construção de iniciativas estratégicas para o país. “Como afirmou o presidente da FNP, Edvaldo, é na cidade que a vida acontece, onde o cidadão trabalha, estuda, cria a sua família. É onde estão os desafios da mobilidade urbana, da questão previdenciária, os impactos da reforma tributária. De modo que o governo Lula está aberto para dialogar com os prefeitos. Não tenham dúvida de que o presidente Lula e o presidente Alckmin são aliados dos prefeitos e das cidades”, destacou.

A abertura da 85ª Reunião Geral da FNP também contou com as presenças da deputada federal Katarina Feitoza, da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, do secretário-geral da FNP e prefeito de Araraquara/SP, Edinho Silva, da vice-presidente de Política de Políticas de Gênero da FNP e prefeita de Lauro de Freitas/BA, Moema Gramacho, do vice-presidente do Banco do Brasil, Felipe Prince e da representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.

Financiamento da saúde

O primeiro ponto debatido na Reunião Geral foi o financiamento da saúde. Com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, prefeitos e prefeitas debateram sobre a destinação de recursos para a pasta, pela União, sobre a implementação do Piso da Enfermagem e sobre a retomada das atividades do Consórcio Conectar.

“É fundamental que a gente busque medidas para melhorar o financiamento federal da saúde. Se não fizermos, as Prefeituras irão entrar em crise. Atualmente, existe um grande desequilíbrio no que diz respeito ao subsídio para a pasta e sem esse aporte, extremamente necessário, os serviços não avançam. Temos desafios imensos para zerar filas, melhorar a saúde mental, construir novos equipamentos e não há contrapartida do governo federal”,  pontuou o presidente da FNP e prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, ao abrir os debates.

Presente na mesa, o prefeito de Campinas/SP e vice-presidente de Saúde da FNP, Dário Saadi, alertou para os problemas enfrentados pelos municípios por conta do subfinanciamento federal para a saúde. “As Prefeituras têm ampliado os serviços de saúde, mas o investimento tem ficado para as contas municipais. O Sistema Único de Saúde, o SUS, tem sido financiado  preponderantemente pelas cidades e isso está ficando insustentável, ainda mais quando verificamos a possibilidade de perda de recursos pelas cidades com a reforma tributária”, avaliou.

A prefeita de Contagem/MG, Marília Campos, também ponderou sobre a sobrecarga nas contas das cidades para a manutenção do serviço aos cidadãos. “Temos uma demanda reprimida na saúde, situação que se agravou no pós-pandemia diante da crise dos planos de saúde, o que aumentou o número de pessoas na rede pública. Hoje, todos os municípios têm aplicado muito mais do que o mínimo constitucional na saúde, gerando uma sobrecarga muito grande nas contas das cidades”, considerou.

Ao ouvir as considerações dos gestores, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o Brasil é o menor do mundo em gasto público com saúde. Ela reconheceu a realidade vivenciada pelos prefeitos e reafirmou o compromisso do governo federal em retomar programas para o fortalecimento da Atenção Primária, a exemplo do “Mais Médicos”, iniciativa que, segundo a ministra, recebeu um grande investimento do governo federal no último ano.

A ministra também elogiou o debate promovido pela FNP para “fortalecer o diálogo e encontrar caminhos”. “Com o novo arcabouço fiscal, que retorna o piso aos 15% da receita corrente líquida, o orçamento do Ministério da Saúde chegará a R$ 41 bilhões em 2024. Com isso, serão quase R$ 75 bilhões em dois anos, ainda não é suficiente, mas já é um avanço. Ainda que não sejam as condições que o SUS necessita, mas são condições essenciais para garantir o trabalho que queremos aprofundar nos próximos anos”, afirmou.

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