“É a primeira maternidade pública da história da nossa cidade, de impacto perene na vida da nossa população, e eu não poderia estar mais feliz. Começamos a idealizá-la em 2012, a obra ficou quatro anos paralisada, voltei à Prefeitura em 2017, desatamos muitos nós e, em 2019 autorizamos a retomada. Hoje, inauguramos, enfim, uma das maternidades mais modernas para receber as mulheres no momento mais importante para elas, que é trazer os seus filhos ao mundo. É um prédio de quatro andares, uma estrutura muito moderna, que pensa no futuro e que cuida das pessoas. É um símbolo de amor e digniidade”, destacou o prefeito.
O gestor também falou da emoção pela homenagem feita a sua mãe, Lourdes Nogueira, que dá nome à maternidade. “Minha mãe dedicou mais de 30 anos da sua vida para trazer crianças ao mundo. Foram mais de 3 mil bebês que nasceram pelas mãos de minha mãe. Ela era uma auxiliar de enfermagem, que saiu daqui na década de 1950 e foi para Pão de Açúcar após passar em um processo seletivo. Ela era uma desbravadora e lá, conseguiu, junto com outras parteiras, auxiliares e médicos, desenvolver um grande trabalho. Então, fico muito feliz de ver essa homenagem a uma grande mulher, que nos ensinou sobre amor, solidariedade e cuidado com as pessoas. Agradeço aos vereadores Antônio Bittencourt, que fez a indicação, e Nitinho Vitale, que promulgou a lei enquanto presidente da Câmara”, reiterou.
Humanização
Altamente equipada para realizar partos humanizados, a maternidade municipal Lourdes Nogueira atuará para promover atendimento integrado na rede municipal, assegurando, às gestantes assistidas pela Rede Primária, o acompanhamento gestacional, com as consultas de pré-natal, à realização de exames, parto e ao acolhimento pós-parto. “A gestante que fizer o pré-natal em nossas unidades básicas passará por todo o atendimento até chegar à maternidade Lourdes Nogueira, que poderá fazer até 500 partos, por mês, oferecendo cuidado em um dos momentos mais frágeis e importantes da vida da mulher”, detalhou a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza. Atualmente, cerca de 12 mil gestantes estão sendo atendidas pela rede municipal.
“Como mãe, é emocionante entregar este equipamento de saúde tão moderno, acolhedor à população. A maternidade é mais do que um espaço de parto. É um local para atendimento às vítimas de violência e que também acolherá a população LGBTQIAPN+. Então, que sejamos, nesta maternidade, colo para todas as configurações familiares”, reforçou Waneska, acrescentando que a inauguração da maternidade “marca a história da rede municipal de Saúde”. “Estamos concretizando o esforço diário de melhorar a assistência de saúde de Aracaju, humanizando o atendimento, melhorando o fluxo e otimizando recursos”, completou.
Presente na solenidade, representando o Ministério da Saúde, o diretor de Programa e de Assistência Especializada do MS, Aristides Vitorino de Oliveira Neto, enalteceu a coragem da administração municipal, “de abrir uma maternidade pública”. “É um ato muito corajoso do prefeito e da secretária de Saúde abrir uma maternidade linda, necessária e bem localizada. Como representante do Ministério da Saúde, parabenizo e trago o abraço da ministra Nísia Andrade. Estamos juntos na luta, a ministra, o presidente Lula, por uma saúde melhor para todos”, afirmou.
“Exemplo de amor”
Natural de Simão Dias, Maria de Lourdes Santa Nogueira nasceu em 1927. Foi casada e teve dois filhos: Tereza e Edvaldo Nogueira. Iniciou sua carreira como auxiliar de enfermagem em Aracaju, no Hospital Cirurgia e, aos 28 anos, após ser aprovada num processo seletivo, se mudou para Pão de Açúcar, Alagoas. Com atuação marcante, ela se tornou bastante conhecida na cidade pelo carinho e dedicação com a qual desenvolvia suas habilidades de parteira, função que exerceu por mais de 30 anos, tendo realizado mais de 3.500 partos. Muito querida, se tornou madrinha de dezenas de crianças que vieram ao mundo pelas suas mãos. Se aposentou em 1985, quando decidiu retornar para Aracaju para viver perto dos filhos Tereza, que tornou-se médica especialista em Clínica Médica e Medicina do Trabalho, e Edvaldo, que optou por seguir carreira política e está em seu quarto mandato como prefeito da capital. Dona Lourdes faleceu em 2017.
“É uma emoção muito grande estar aqui e ver essa homenagem merecida a nossa mãe, através do trabalho do seu filho. Mais emocionante ainda é ver o seu nome em uma maternidade que trará tantos benefícios para a população aracajuana. Tenho certeza de que nossa mãe está muito feliz com o seu nome em um local onde as mães aracajuanas serão muito bem acolhidas”, enfatizou a filha da homenageada, Tereza Nogueira, que recebeu das mãos do prefeito, seu irmão, uma réplica da placa da maternidade, acompanhada do pai, o senhor Edvaldo Bezerra Nogueira.
Ansiedade
Para quem, muito em breve, desfrutará do espaço, poder contar com uma estrutura moderna e segura é animador. É o caso da gestante Raiane Santos Martins, que reside no bairro Santa Maria. “Estou impressionada com o prédio. Foi a melhor coisa que o prefeito Edvaldo poderia ter feito pela nossa cidade. Principalmente porque agora poderemos contar com uma maternidade que tem tudo o que as maternidades particulares tem, então é um privilégio. Estou bem ansiosa para ter meu filho aqui. Nota 10 para Edvaldo”, considerou.
Da mesma forma, Rosângela Rodrigues, que está no seu terceiro mês de gestação, também se mostrou empolgada com a estrutura da maternidade. “É tudo de bom. Vou ter o meu terceiro filho e encerrarei com uma grande experiência. Tava com receio do meu parto, mas agora com essa maternidade, do ladinho de casa, com essa estrutura toda, fico muito aliviada. É uma grande novidade para nossa região. O prefeito está de parabéns”, disse.
Acompanharam a inauguração o vice-governador Zezinho Sobral, o senador Alessandro Vieira, as deputadas federais Katarina Feitoza e Yandra Moura, os deputados estaduais Garibalde Mendonça e Luciano Bispo, o presidente da Câmara Municipal de Aracaju, vereador Ricardo Vasconcelos, os vereadores Nitinho Vitale, Antônio Bittencourt, pastor Eduardo Lima, pastor Diego, Fábio Meireles, Joaquim do Janelinha, Manoel Marcos, Cícero do Santa Maria e Soneca, além dos ex-governadores Belivaldo Chagas e Jackson Barreto.