No cenário contemporâneo, marcado por avanços tecnológicos, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), adverte sobre os perigos associados ao uso indiscriminado de telas, especialmente entre crianças e adolescentes. Embora as ferramentas digitais ofereçam benefícios, o mau uso desses dispositivos pode impactar negativamente na saúde mental e no desenvolvimento infantil.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), diretrizes claras sobre o uso de telas na infância foram estabelecidas. Crianças menores de 2 anos não devem ter acesso a telas, enquanto aquelas entre 2 e 5 anos têm uma recomendação máxima de uma hora diária. Já para crianças de 6 a 10 anos, o tempo dedicado a telas e videogames não deve ultrapassar 180 minutos por dia. Em ambos os casos, a desconexão uma hora antes de dormir é crucial.
A psicóloga e coordenadora das Referências em Saúde Mental e do Serviço de Apoio Psicológico (Sapsi), Lidiane Rosa, destaca que o uso de telas em crianças muito pequenas pode interferir no desenvolvimento de habilidades sociais e de percepção do ambiente. Segundo ela, estabelecer ambientes livres de telas, limitar o tempo de exposição e incentivar atividades ao ar livre são medidas essenciais para garantir um desenvolvimento saudável.
Ultrapassar os limites recomendados pode resultar em efeitos adversos a curto, médio e longo prazos. A psicóloga aponta consequências como isolamento, irritabilidade, ansiedade, depressão, déficit de atenção, hiperatividade, alterações do sono, mudanças alimentares, dependência digital, uso problemático das mídias interativas, sedentarismo e baixa autoestima.
Lidiane enfatiza o papel fundamental dos pais ou responsáveis na criação de ambientes regulados, onde o uso do celular é limitado, e incentiva atividades que estimulem a criatividade e o desenvolvimento cognitivo, como desenho e pintura. A interação entre crianças e adolescentes também é destacada como crucial para o desenvolvimento saudável dessas habilidades.
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