Maria Luiza Ribeiro Viotti, renomada diplomata brasileira, conquistou um marco histórico ao se tornar a primeira mulher a ser indicada ao cargo de embaixadora do Brasil nos Estados Unidos. Sua nomeação foi oficialmente aprovada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) nesta quinta-feira (11), com uma votação impressionante de 18 a favor e nenhum contrário. Agora, sua mensagem de indicação (MSF 9/2023) será aguardada a votação no Plenário do Senado.
Durante uma audiência na CRE, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), relatora do caso, enfatizou a importância da parceria entre o Brasil e os EUA, considerando-os o mais antigo e tradicional parceiro do nosso país no cenário internacional. É relevante destacar que cerca de 1,9 milhão de brasileiros atualmente residem nos Estados Unidos.
Além das relações desanimadoras e comerciais sólidas entre as duas nações, a diplomata enfatizou que a agenda bilateral engloba diversos outros aspectos, incluindo política, meio ambiente e defesa dos direitos humanos.
Durante o questionamento dos senadores e de representantes do portal e-Cidadania, Maria Luiza abordou questões que exigem uma atenção especial na relação bilateral, sempre enfatizando a importância do diálogo contínuo. No que diz respeito ao meio ambiente, por exemplo, a diplomata afirmou que “o principal desafio é concretizar o desenvolvimento sustentável na Amazônia o mais rápido possível”.
A embaixadora indicada também informou que atualmente existe uma rede de 11 consulados disponíveis para atender à comunidade brasileira nos Estados Unidos.
Com um currículo impressionante, Maria Luiza Viotti, natural de Belo Horizonte, possui 69 anos e ingressou na carreira diplomática em 1976. Ela é graduada em Ciências Econômicas pela Associação de Ensino Unificado de Brasília desde 1978 e concluiu os cursos de Aperfeiçoamento de Diplomatas (1982 ) e Altos Estudos (1995) na mesma instituição. Além disso, obteve um mestrado em economia pela Universidade de Brasília.
Ao longo de sua carreira, Maria Luiza ocupou diversos cargos no Ministério das Relações Exteriores, com destaque para a diretoria do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais, de 2004 a 2006, e a direção do Departamento de Organismos Internacionais, de 2006 a 2007. Em termos de experiência internacional, ela atuou como conselheira na embaixada do Brasil em La Paz, foi embaixadora-representante permanente do Brasil nas Nações Unidas de 2007 a 2013 e serviu como embaixadora do Brasil em Berlim de 2013 a 2016. Entre 2017 e 2022, teve a honra de chefiar o gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.