A Universidade Federal de Sergipe (UFS) está no centro de uma importante decisão que pode moldar o panorama educacional do estado. Com a greve nacional dos docentes de instituições federais ganhando força, os professores da UFS se preparam para uma assembleia crucial no início de maio. Em pauta, a avaliação de adesão ao movimento grevista, impulsionado pela busca por melhores salários e condições de trabalho.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) tem sido a voz dos professores nesta batalha por valorização salarial. Desde março, quando o indicativo de greve foi aprovado, a categoria tem se mobilizado para reivindicar um reajuste justo. Os dados alarmantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), que apontam uma perda salarial de mais de 42% desde 2010, refletem a urgência dessa demanda.
A situação se intensifica com a postura do governo federal, que propõe um reajuste salarial abaixo das expectativas dos professores. Com seis reuniões de negociação sem avanços significativos desde 2023, a frustração da categoria é evidente. Enquanto o governo planeja um reajuste de 0% para 2024, os professores exigem um aumento de 22,71% dividido nos próximos três anos.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) também está imerso nesse cenário de protestos. Com uma greve por tempo indeterminado iniciada em abril, os professores do IFS reivindicam não apenas melhorias salariais, mas também condições adequadas para o exercício de suas funções e um ambiente propício para o ensino, pesquisa e extensão.
Cenário Nacional: A luta dos docentes não se restringe a Sergipe. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) rejeitou a proposta do governo federal de reajuste salarial zero, optando por uma posição de resistência. A proposta foi vista como insuficiente diante das necessidades dos professores, que buscam não apenas um aumento salarial, mas também melhorias nos benefícios e condições de trabalho.
À medida que a assembleia dos professores da UFS se aproxima, o futuro do ensino superior em Sergipe está em jogo. A decisão de aderir ou não à greve nacional terá repercussões significativas não apenas para os docentes, mas também para os estudantes e a comunidade acadêmica como um todo. A luta por valorização salarial e condições de trabalho dignas continua, e os professores estão determinados a fazer suas vozes serem ouvidas.
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