A persistente luta pelos direitos dos professores da rede municipal de Poço Redondo atinge um novo capítulo, marcado pela indignação e determinação da categoria. Após mais um descumprimento do pagamento do piso salarial, os educadores decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira, 19, pela paralisação de suas atividades a partir do dia 2 de abril. O embate entre a prefeitura e os profissionais da educação revela um cenário de desrespeito e desvalorização, levando a comunidade escolar a tomar medidas drásticas em busca de justiça.
A prefeita Aline Vasconcelos enfrenta críticas contundentes da categoria após não cumprir sua promessa de pagar os 5% referentes à atualização do piso salarial dos professores. Esse descumprimento, mesmo após aprovação pela câmara de vereadores e publicação em diário oficial, gerou profunda insatisfação entre os educadores.
A gestão alega falta de dotação orçamentária para realizar o pagamento, enquanto a câmara de vereadores defende o contrário, argumentando que não há impedimentos para o cumprimento do estabelecido. Além disso, a não atualização do piso salarial nos anos de 2022, 2023 e 2024 agrava ainda mais a situação, evidenciando um padrão de desrespeito e negligência para com os profissionais da educação.
A Lei Nacional 11.738, que garante a atualização do piso salarial anualmente desde 2008, é clara em seu propósito de valorizar a carreira dos professores. No entanto, o não cumprimento dessa legislação essencial perpetua um ciclo de desvalorização e precarização do trabalho docente em Poço Redondo.
Além da questão salarial, a queda no número de matrículas na rede municipal de ensino é outra preocupação levantada pelos professores. Exigem que a prefeitura promova a Chamada Pública para aumentar o acesso à educação, garantindo recursos adequados para o desenvolvimento do ensino na região.
A decisão dos professores de Poço Redondo de paralisar suas atividades é um reflexo da indignação diante do descumprimento reiterado de seus direitos básicos. O piso salarial não é um favor, mas sim uma obrigação legal que reflete o reconhecimento do trabalho árduo dos educadores. Enquanto a prefeitura negligenciar suas responsabilidades, a luta pela justiça e valorização da educação continuará sendo uma prioridade para a comunidade escolar.
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