A tensão aumenta na CPI do Senado que investiga as ações da Braskem em Maceió, com o senador Rogério Carvalho liderando uma investida contra o Ministério de Minas e Energia (MME). A falta de resposta da pasta às solicitações de informações relacionadas ao caso levou o relator a ameaçar com busca e apreensão, sinalizando uma escalada nas investigações. Vamos entender os desdobramentos desse embate e os impasses enfrentados pela comissão.
O senador Rogério Carvalho, relator da CPI que apura as ações da Braskem em Maceió, expressou sua frustração com o Ministério de Minas e Energia (MME) pela falta de cooperação. Após a não entrega dos documentos solicitados no prazo estabelecido, Carvalho ameaçou solicitar busca e apreensão caso o MME não forneça as informações em até três dias úteis.
O impasse entre a CPI e o ministério se intensificou após uma prorrogação do prazo de envio dos dados, que também não foi cumprida. O relator criticou a postura da pasta, classificando-a como “desrespeitosa” e “inadmissível”, destacando a necessidade de transparência e cooperação para o andamento das investigações.
O requerimento aprovado pela CPI exige uma série de documentos relacionados à atuação do MME no caso da Braskem, incluindo processos administrativos, de fiscalização e controle, além de informações sobre a exploração de sal-gema em Maceió. A falta de resposta por parte do ministério levanta questionamentos sobre sua responsabilidade e transparência diante do tema.
Durante as investigações, o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal de Oliveira, prestou depoimento à CPI, destacando a existência de duas versões sobre as causas do afundamento dos bairros em Maceió. Essa disputa de narrativas levanta suspeitas sobre a conduta do setor mineral e sua relação com a Braskem.
A CPI da Braskem enfrenta obstáculos significativos em sua busca pela verdade e responsabilização pelos danos em Maceió. A ameaça de busca e apreensão no Ministério de Minas e Energia evidencia a gravidade do impasse entre a comissão e o governo, destacando a necessidade de cooperação e transparência para o sucesso das investigações. Enquanto isso, os impactos do afundamento dos bairros em Maceió continuam a assombrar milhares de pessoas afetadas pela negligência e omissão.
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