Nesta terça-feira (22), o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho não compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, onde era aguardado para prestar depoimento a partir das 14h30. A ausência do atleta levantou questionamentos e trouxe à tona a possibilidade de uma condução coercitiva, medida pela qual um juiz pode ordenar que a polícia conduza um investigado ou réu para depor em um interrogatório.
A CPI das Criptomoedas, presidida pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), reconvocou Ronaldinho Gaúcho para a sessão marcada para quinta-feira (24), com início às 10h. Caso o ex-jogador não compareça novamente à comissão, poderá ser alvo de uma condução coercitiva, conforme declarado pelo presidente da CPI.
Um impasse surgiu quanto à notificação de Ronaldinho sobre o depoimento. A defesa do ex-atleta alegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não havia recebido a notificação da Comissão. Entretanto, a secretaria da CPI das Criptomoedas afirmou que Ronaldinho foi notificado eletronicamente duas vezes, nos dias 18 e 21 de agosto.
Na véspera do depoimento, o ministro Edson Fachin, do STF, determinou que Ronaldinho Gaúcho teria o direito de permanecer em silêncio durante a oitiva na CPI. A defesa do ex-jogador chegou a solicitar à Corte que ele fosse dispensado do comparecimento ao depoimento, porém, o pedido não foi atendido pelo ministro Fachin.
A situação ganhou relevância nacional, uma vez que Ronaldinho Gaúcho é uma figura pública amplamente conhecida por sua carreira no futebol. A ausência do ex-jogador na CPI das Criptomoedas levanta questionamentos sobre sua relação com o tema em investigação e os desdobramentos futuros desse episódio são aguardados com expectativa.
A CPI das Criptomoedas tem como objetivo investigar práticas relacionadas ao uso e ao mercado de criptomoedas, buscando compreender possíveis irregularidades e riscos associados a esse setor em crescimento.