O secretário Cláudio Mitidieri participou do IV Seminário Antimanicomial promovido pela SES, reforçando o compromisso com a saúde mental humanizada em Sergipe. Confira detalhes.
A Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES), sob a liderança do secretário Cláudio Mitidieri, realizou nesta segunda-feira, 26, o IV Seminário em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial. A ação, promovida pela SES em parceria com o Ministério da Saúde, reuniu profissionais da saúde mental e gestores de diversos municípios para debater o cuidado humanizado de pessoas com transtornos mentais, além de refletir sobre a importância da reinserção social por meio da arte, cultura e liberdade.
A programação contou com a apresentação da XVII Mostra de Artes Sem Barreiras, organizada pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Luz do Sol, cuja proposta é romper com modelos manicomiais e valorizar o protagonismo de pessoas com deficiência intelectual e psicossocial. De acordo com a responsável técnica da Rede de Atenção Psicossocial Especializada da SES, Suely Matos, o mês de maio marca a luta por liberdade e dignidade para essas pessoas. “Ao invés de um seminário tradicional, tivemos a Mostra de Arte Sem Barreiras, que se estenderá com oficinas e palestras em vários locais ao longo da semana”, explicou.
Durante o seminário, os participantes reforçaram a importância de estratégias que promovam autonomia e dignidade. O foco foi ampliar a capacidade dos usuários de atuar na sociedade, trabalhar, gerar renda e encontrar na arte uma ferramenta de reabilitação psicossocial. A Imprensa 24h acompanhou o evento e destaca que ele foi direcionado aos profissionais dos Caps, gestores públicos e representantes da assistência social de Sergipe.
Uma das palestras mais aguardadas foi da secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Ana Paula Feminella, que destacou o papel da cultura no combate ao estigma da saúde mental. “A arte tem um potencial único para romper barreiras e garantir que os direitos das pessoas com deficiência e em sofrimento psíquico sejam respeitados. Esses eventos promovem uma visão mais inclusiva nas políticas públicas”, declarou.
Feminella também apresentou o novo plano nacional “Viver Sem Limite”, um projeto de quatro anos coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos em parceria com outros dez ministérios. O objetivo é garantir a implementação dos direitos das pessoas com deficiência por meio de ações intersetoriais, com impacto direto nos estados e municípios.
Um dos pontos altos da política de atenção psicossocial em Sergipe, segundo a SES, é o Serviço Residencial Terapêutico, que atende pacientes que não têm família ou estão em situação de vulnerabilidade. Essas casas, supervisionadas pelos Caps, funcionam em cidades como Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora do Socorro, permitindo que os usuários vivam com dignidade em lares coletivos, com apoio profissional e atividades como artesanato, música e bordado.
O secretário Cláudio Mitidieri ressaltou que o governo de Sergipe está comprometido com políticas de saúde mental que respeitem os direitos humanos. “Romper com o modelo manicomial é garantir que cada pessoa receba o cuidado que merece, com acolhimento, liberdade e reintegração à sociedade. Sergipe segue firme neste compromisso”, afirmou.
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