Sergipe tem motivos para comemorar. O estado apresentou avanços expressivos na redução das desigualdades de renda, de acordo com os dados oficiais da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e analisados pelo Observatório do Trabalho, vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem). Em dois anos, o estado saiu da 23ª para a 11ª posição no ranking nacional do Índice de Gini, indicador que mede a distribuição de renda no país.
A palavra-chave “Sergipe” aparece logo no início porque é sobre ele que esta matéria exclusiva do Imprensa 24h se debruça. Em 2022, o estado registrava um índice de Gini de 0,455, ocupando a 23ª posição no ranking nacional. Já em 2023, o índice caiu para 0,355, elevando Sergipe para a 13ª colocação. Em 2024, a queda foi ainda mais significativa: o índice atingiu 0,348 — uma redução de 2% em relação ao ano anterior — colocando o estado na 11ª posição, com um desempenho superior à média nacional, que é de 0,418.
O Índice de Gini, utilizado para medir a desigualdade salarial entre trabalhadores com vínculos formais, varia de 0 (igualdade total) a 1 (desigualdade máxima). Assim, quanto mais próximo de zero, mais justa é a distribuição de renda. Os dados analisados têm como base os vínculos registrados na Rais, uma das principais ferramentas do governo brasileiro para monitoramento do mercado de trabalho formal.
O avanço sergipano, como destaca o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo, Jorge Teles, é reflexo de políticas públicas voltadas à inclusão social e à geração de emprego. “Esse avanço mostra que a renda está sendo distribuída de forma mais equilibrada entre a população, refletindo os impactos positivos de políticas públicas voltadas para inclusão, empregabilidade e fortalecimento da economia local”, afirmou o secretário.
Entre as principais iniciativas que impulsionaram esse resultado estão o Qualifica Sergipe e o Programa Primeiro Emprego, que ampliaram o acesso da população a cursos técnicos e profissionalizantes. As ações são voltadas especialmente para áreas com maior demanda de mão de obra, o que fortalece a empregabilidade e eleva os salários no estado.
Além disso, o Governo de Sergipe tem investido em políticas de atração de novos empreendimentos. Um exemplo é a chegada do grupo supermercadista Atakarejo, que impulsionou a geração de empregos formais em setores estratégicos como o comércio. Isso tem impacto direto na massa salarial da população e, consequentemente, na redução das desigualdades.
Outro dado relevante apontado pela Rais é o aumento na remuneração média dos trabalhadores sergipanos. Em 2023, a remuneração real média no estado foi de R$ 2.583,43, com destaque para o setor da Indústria, que pagou em média R$ 3.117,45, e o setor de Serviços, que apresentou salário médio de R$ 2.650,26 — este último sendo o que mais emprega no estado.
Com esses resultados, Sergipe não apenas supera a média nacional, como também se consolida como um exemplo de que é possível reduzir desigualdades com políticas públicas eficientes e focadas na qualificação e inclusão produtiva.
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