Nos últimos três meses, Sergipe se tornou o epicentro de um verdadeiro boom na produção de cocos, com números impressionantes que apontam para um crescimento exponencial. Com uma produção total de 211 milhões de cocos, a Associação Nacional de Produtores de Coco revelou um aumento de 35% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano anterior, elevando o volume de negócios para quase R$ 200 milhões, ante os R$ 148 milhões registrados anteriormente.
Um exemplo tangível desse fenômeno pode ser encontrado em uma única propriedade na cidade de Neópolis, situada a 120 Km da capital sergipana, onde são colhidos impressionantes 40 mil cocos por dia, em média.
“Aqui na região, nossa produção é focada no que chamamos de ‘coco de mesa’, aquele mesmo que você desfruta no Rio de Janeiro, São Paulo e nas praias do Nordeste”, explicou o produtor Victor Paim, destacando a qualidade e a demanda crescente por essa variedade de coco.
Segundo dados do IBGE, Sergipe figura como o quarto maior produtor de cocos do Brasil, com condições climáticas e de solo ideais que garantem uma qualidade excepcional ao produto. “Nosso coco é destinado ao consumo in natura, e as condições locais nos conferem vantagens competitivas, inclusive em termos de custos de frete, que são mais acessíveis em comparação com outros estados”, acrescentou o produtor.
O aumento significativo na oferta não apenas impulsiona a economia local, mas também gera empregos em diversos setores. Para Jean Alexandre da Rocha, caminhoneiro responsável pelo transporte desses frutos, a demanda é evidente: “Vale a pena investir no transporte dessas frutas”, afirmou ele, ressaltando que, somente este mês, realizou duas viagens para entregar cocos, sendo a última com cerca de 12 mil unidades destinadas ao estado do Mato Grosso do Sul.
O sucesso da produção de coco em Sergipe não apenas representa um marco econômico para o estado, mas também ressalta sua importância como um dos principais polos produtores do país, contribuindo significativamente para a economia regional e nacional.