Sergipe comemora uma significativa marca em sua segurança pública: três anos sem registros de ataques do temido ‘Novo Cangaço’. Esse período sem incidentes de explosões em agências bancárias, confrontos com as forças policiais e terror na população representa um avanço significativo, conforme dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Desde o último episódio em 3 de março de 2021, quando um grupo armado realizou uma investida em Pacatuba, na região do Baixo São Francisco, não houve ocorrências similares. Naquela ocasião, a agência do Banco do Brasil foi alvo da ação criminosa, que envolveu a explosão do estabelecimento e disparos contra uma viatura da Polícia Militar.
O combate ao ‘Novo Cangaço’ tem sido uma prioridade para as autoridades sergipanas, que têm intensificado a cooperação entre as polícias Civil e Militar. Segundo Dernival Eloi, diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, houve uma mudança na abordagem desses crimes, com foco na antecipação e na troca de informações.
“A cultura anterior era de esperar a ocorrência para iniciar as investigações, o que atrasava o processo de elucidação dos fatos. Agora, adotamos uma abordagem proativa, mapeando potenciais investidas criminosas e compartilhando informações entre as instituições policiais”, explicou Eloi.
O coronel Alexsandro Ribeiro, comandante da Polícia Militar, reforçou a importância da integração entre as forças de segurança para prevenir ataques e proteger a população, especialmente nos municípios menores, onde o impacto dessas ações é mais significativo.
O secretário da segurança pública, João Eloy de Menezes, destacou o sofrimento da população durante os períodos de ataques do ‘Novo Cangaço’ e ressaltou o compromisso das autoridades em preservar vidas e afastar essa ameaça do estado de Sergipe.
O termo ‘Novo Cangaço’ remete à prática de banditismo que remonta aos tempos de Lampião, e envolve não apenas a explosão de agências bancárias, mas também a subjugação de cidades inteiras por grupos armados, utilizando táticas cada vez mais sofisticadas e violentas.
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