Em alusão ao Setembro Verde, Sergipe destaca a doação de córneas e histórias de superação de pacientes que recuperaram a visão com transplantes.
Doação de córneas transforma vidas em Sergipe
Em Sergipe, a conscientização sobre a doação de córneas ganha destaque durante o Setembro Verde, mês dedicado à promoção da solidariedade e à importância de salvar vidas por meio de transplantes. O delegado de polícia Bruno Santana, que passou por quatro transplantes de córnea, é exemplo do impacto dessa prática.
Bruno relembra que seu primeiro transplante ocorreu ainda aos oito anos, após uma infecção neonatal. “Como a córnea é um tecido avascular, qualquer pessoa pode ser doadora, mas no meu caso a cicatrização impediu a passagem da luz, exigindo um transplante”, explicou. Desde então, precisou de novos procedimentos até chegar ao transplante tectônico definitivo, realizado há dois anos.
“Cada transplante me fez refletir sobre a importância da doação. É um legado de solidariedade e cidadania que transforma vidas e permite que pessoas continuem vivendo, trabalhando e convivendo”, destacou Bruno, reforçando que a doação de órgãos transcende religião, crença ou espiritualidade.
Avanços e dados em Sergipe
De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Sergipe possui demanda estimada de 206 transplantes de córneas, além de procedimentos de rim, fígado, coração e pulmão. Em 2024, o estado realizou 226 transplantes de córnea, superando a meta e zerando a lista de espera de pacientes que aguardavam menos de um ano pelo procedimento.
Em 2025, até agosto, 217 pessoas aguardam por um transplante de córnea, enquanto foram realizados 145 transplantes ópticos, 14 tectônicos e 1 de esclera, utilizado em reconstruções oculares emergenciais. Segundo Flávia Borges, gestora do Banco de Olhos de Sergipe, os resultados refletem o avanço da estrutura do estado para o atendimento e a eficiência na captação de doadores.
Como funciona o acesso à doação
A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos de Sergipe (OPO/SE), Darcyana Costa, detalha o processo: “O paciente é avaliado por um oftalmologista, cadastrado no sistema nacional de transplantes e aguarda a disponibilidade de córneas. Quando há compatibilidade, a Central de Transplantes organiza a cirurgia com os médicos transplantadores”.
O Banco de Olhos de Sergipe acompanha óbitos e entra em contato com famílias para autorizar a doação, preparando e preservando os tecidos de forma adequada. Esse procedimento garante que cada transplante seja seguro e eficaz, contribuindo para a independência e qualidade de vida dos pacientes.
A Imprensa 24h reforça a importância de disseminar informações sobre a doação de córneas, destacando que este gesto de solidariedade pode transformar vidas e fortalecer a saúde pública em Sergipe.
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