Nesta última semana, durante uma abrangente Fiscalização Integrada e Preventiva (FPI/SE) conduzida no interior de Sergipe, sete queijarias foram interditadas devido a sérias violações das normas estabelecidas pela legislação. As interdições foram resultado de questões relacionadas à higiene e segurança, que comprometem tanto a saúde dos consumidores quanto o meio ambiente.
Segundo o FPI, dentre os estabelecimentos alvo da fiscalização, dois encontram-se em Nossa Senhora da Glória, dois em Itabi, dois em Nossa Senhora de Lourdes e um em Malhada dos Bois. No entanto, foi na queijaria de Malhada dos Bois, caracterizada como de porte médio, que as falhas mais graves foram constatadas. Além de problemas de higiene, a equipe de fiscalização identificou uma caldeira apresentando risco real de explosão. Também foi observado que a queijaria estava lançando seus dejetos diretamente em lagoas próximas aos riachos da região, representando uma ameaça ambiental.
“O estabelecimento não apenas apresentava falta de higiene, mas também possuía uma caldeira com risco real de explosão. Além disso, a queijaria não tratava adequadamente seus dejetos, lançando-os diretamente em lagoas próximas aos riachos da região, o que configurava uma ameaça ao meio ambiente”, afirmou Salete Dezen, coordenadora da equipe de fiscalização.
As demais queijarias interditadas também não estavam isentas de problemas graves e foram consideradas inadequadas para a produção de queijos. Para que esses estabelecimentos possam retomar suas operações, será essencial a implementação de melhorias estruturais substanciais.
As exigências incluem a instalação de um piso de alta resistência, revestimento das paredes, forro, aberturas teladas e a remoção de qualquer material à base de madeira das instalações. Além disso, os funcionários deverão utilizar uniformes adequados para manipulação de alimentos, garantindo a máxima segurança e higiene durante o processo de produção.
Salete Dezen ressaltou que, embora haja a possibilidade de regularização para as queijarias interditadas neste estágio inicial, esse período não será indefinido. A intenção é permitir que os produtores tenham tempo para se adaptar às normas e regularizar seus negócios, assegurando suas fontes de renda e subsistência.
É importante destacar que somente as queijarias que estiverem devidamente regularizadas poderão retomar suas atividades. O FPI segue monitorando ativamente os estabelecimentos do setor, conduzindo inspeções regulares para assegurar o cumprimento das normas. Dessa forma, a saúde dos consumidores é preservada, e o meio ambiente é protegido.