Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe (Sindisan), estiveram reunidos nesta segunda-feira, 13, com o presidente da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), vereador Ricardo Vasconcelos (Rede). Os sindicalistas representam os funcionários da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e foram pedir ajuda para evitar uma possível privatização da empresa – ou uma Parceria Público-Privado (PPP).
Funcionário de carreira da estatal, Ricardo Vasconcelos ressaltou que é extremamente contra essa privatização. “Eu sei o papel da Deso, enquanto empresa pública. Sei o seu papel social. Como funcionário da empresa, eu presenciei muitas pessoas que não tinham condições de pagar a tarifa e precisavam escolher se pagavam a água ou comiam. E se ela for privatizada, a conta é cortada de imediato”, afirmou.
De acordo com o presidente da CMA, terceirizar o serviço da Deso é penalizar quem mais necessita.
“Não quero ver a empresa nas mãos do capital privado, porque se isso acontecer, só vai ter água quem tiver dinheiro”, afirmou Ricardo.
O parlamentar ainda destacou que essa é a hora de mobilizar toda a sociedade. “O momento é de alerta e o sindicato precisa se mobilizar e conquistar apoio dos parlamentares estaduais e federais, para que possa mostrar ao governador que esse não é o desejo dos sergipanos”, disse.
A vereadora Professora Ângela Melo (PT) participou da reunião e lembrou que a água é um bem público universal.
“Sendo assim, deve ser vista com uma questão humana. Além disso, a Deso é um patrimônio do povo sergipano, e deve continuar como empresa pública, que presta um serviço público que deve ser melhorado”, afirmou.
Para o presidente do Sindisan, Silvio Sá, a reunião com o presidente do Legislativo Municipal é de grande importância na luta contra a privatização.
“Nesse momento precisamos de uma luta conjunta e política para fazer a Deso cada vez mais forte. A Deso precisa de investimentos, para que não haja esse fantasma da privatização”, ressaltou.
O diretor de comunicação do Sindisan, José Rafael Conceição Barros, fez questão de ressaltar a necessidade de o serviço continuar a ser público.
“Inclusive, é uma demanda mundial, porque a iniciativa privada não consegue dar conta e o serviço precisa ser público, para alcançar a todas as pessoas, porque é um bem comum à vida e todos precisam ter acesso”, frisou.
O vereador Pastor Diego (PP) também participou da reunião.