De acordo com informações do delegado Tarcísio Tenório, a mulher suspeita de ter ocultado o cadáver de um homem em uma geladeira, em Aracaju, apresentou informações imprecisas durante seu depoimento.
Segundo o delegado Tenório, a suspeita inicialmente alegou que o pai da criança de quatro anos, que vivia com ela, era um homem residente no Canadá. No entanto, após intensas investigações, essa possibilidade foi descartada. O delegado confirmou essa reviravolta nesta quinta-feira (28). Ainda assim, o homem mencionado será ouvido durante o inquérito para que outras informações sejam coletadas. A criança, por enquanto, está sob os cuidados de familiares.
A suspeita, uma técnica de enfermagem de 37 anos, deve ser interrogada novamente para esclarecer os fatos. Atualmente, ela está sob custódia em um hospital psiquiátrico em Aracaju.
A identidade da vítima encontrada na mala, que era objeto da investigação, foi confirmada como sendo a do jornalista, radialista e advogado gaúcho Celso Adão Portella. Essa confirmação veio após meses de incertezas e suspeitas iniciais. Celso Adão Portella, que teria 80 anos se estivesse vivo, era natural de Ijuí, no Norte do Rio Grande do Sul, mas construiu sua vida em Porto Alegre, onde se formou em direito e jornalismo. Posteriormente, ele se mudou para Sergipe, onde trabalhou em instituições de ensino superior privado em Estância e Itabaiana. A investigação da Polícia Civil revelou que ele tinha 11 irmãos e era pai de quatro filhos que não mantinham proximidade com ele.
Durante o período em que o cadáver ficou ocultado na geladeira do apartamento, que se estendeu por sete anos, a suspeita teria recebido poucas visitas, ou até mesmo nenhuma, segundo informações preliminares da investigação.