Decreto assinado por Donald Trump impõe tarifa extra de 40% sobre produtos brasileiros, totalizando 50%, mas isenta cerca de 700 itens, como suco de laranja, veículos e aeronaves civis.
A nova tarifa dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros entrou em vigor com um decreto assinado pelo presidente Donald Trump nesta quarta-feira (30), oficializando a cobrança de uma sobretaxa de 40%, que, somada às taxas vigentes, pode chegar a 50%. Apesar do impacto esperado nas exportações brasileiras, o governo americano publicou uma lista com quase 700 itens isentos da tarifa extra, entre eles o suco de laranja, combustíveis, veículos, aeronaves civis e certos metais e produtos agrícolas.
A medida, divulgada no anexo da ordem executiva assinada por Trump, passou a valer imediatamente, trazendo um alívio para setores estratégicos da economia brasileira. No segmento aeronáutico, a fabricante Embraer foi a maior beneficiada pela exclusão das aeronaves civis e seus componentes da sobretaxa, especialmente considerando que os Estados Unidos respondem por 45% das vendas de jatos comerciais e 70% dos jatos executivos da empresa. A notícia refletiu positivamente no mercado, com as ações da Embraer subindo 10% após o anúncio.
Entre os principais produtos isentos da tarifa adicional, destacam-se artigos de aeronaves civis, incluindo motores, peças, subconjuntos e simuladores de voo, abrangendo itens que vão desde tubos e mangueiras até sistemas elétricos e pneus. No setor automotivo, veículos de passageiros como sedans, SUVs, minivans, vans de carga e caminhões leves, além de suas peças específicas, também não sofrerão a sobretaxa.
O setor de eletrônicos está contemplado com isenção para smartphones, telefones para redes celulares ou sem fio, antenas, refletores e aparelhos de gravação e reprodução de som e vídeo. Produtos metálicos, como ferro, aço, alumínio e cobre — incluindo semiacabados e componentes industriais — também ficam livres do imposto extra. Fertilizantes essenciais para a agricultura brasileira, assim como produtos agrícolas e de madeira, como castanha-do-brasil, suco e polpa de laranja, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira e fios de sisal, foram incluídos na lista de exceções.
Ainda foram isentos metais e minerais específicos, como silício, ferro-gusa, alumina, estanho, ouro, prata, ferroníquel, ferronióbio e produtos ferrosos derivados do minério de ferro. O setor energético não foi esquecido, com carvão, gás natural, petróleo e derivados como querosene, óleos lubrificantes, parafina, coque de petróleo, betume, misturas betuminosas e até energia elétrica dispensados da tarifa adicional.
A ordem executiva também contemplou bens retornados aos Estados Unidos para reparo, modificação ou processamento, bens que estavam em trânsito antes da entrada em vigor da medida (desde que cheguem até 5 de outubro), além de produtos de uso pessoal na bagagem de passageiros e donativos humanitários, como alimentos, roupas e medicamentos, bem como materiais informativos como livros, filmes, CDs, pôsteres, obras de arte e conteúdos jornalísticos.
Para mais detalhes sobre a lista completa de produtos isentos e a ordem executiva, consulte o site oficial da Casa Branca https://www.whitehouse.gov. O Imprensa 24h continuará acompanhando de perto o desdobramento dessa medida e seus impactos na economia de Sergipe e do Brasil.
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