Universidade do Estado do Colorado ajusta previsão da temporada de furacões 2025, com expectativa de 16 tempestades nomeadas. Risco de furacões fortes no Golfo e Caribe continua acima da média.
A temporada de furacões no Atlântico em 2025 teve sua previsão revisada nesta quarta-feira (9) por pesquisadores da Colorado State University (CSU), que apontam uma ligeira redução no número de tempestades previstas, mas mantêm o alerta de que o risco de grandes furacões atingirem os Estados Unidos e o Caribe segue acima da média histórica.
De acordo com o relatório atualizado, divulgado no site oficial da CSU (https://tropical.colostate.edu/), agora são esperadas 16 tempestades nomeadas, das quais oito devem se transformar em furacões e três podem atingir a categoria 3 ou superior, sendo classificadas como furacões de grande intensidade. Essa projeção é um ponto abaixo em cada categoria em relação ao boletim anterior, divulgado em abril.
A mudança se baseia, principalmente, nos altos níveis de cisalhamento do vento observados e previstos no Caribe, fenômeno que tende a dificultar a formação de ciclones tropicais. Mesmo com essa condição menos favorável, os especialistas alertam que há fatores que ainda mantêm o cenário propício à formação de furacões intensos.
Entre os elementos favoráveis estão as temperaturas acima da média no Atlântico Tropical e o atual estado neutro do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENSO), que influencia os padrões climáticos em escala global.
“Embora o cisalhamento do vento possa limitar o desenvolvimento de tempestades, o calor anômalo do oceano e a ausência de El Niño tornam o ambiente ainda favorável à formação de sistemas poderosos”, explicam os meteorologistas da CSU.
Segundo os dados oficiais, a chance de um grande furacão atingir a costa dos EUA é de 48%, enquanto a probabilidade de impacto na região do Golfo do México, que vai do Panhandle da Flórida até Brownsville, no Texas, é de 31%. Para o Caribe, a estimativa também é acima da média histórica.
Até o momento, a temporada de 2025 já registrou três tempestades nomeadas: Andrea, Barry e Chantal, nenhuma das quais apresentou ameaça significativa ao território norte-americano ou ao Caribe.
Vale lembrar que, no ano passado, a CSU havia feito a previsão mais agressiva da sua história, com 23 tempestades nomeadas, 11 furacões e cinco grandes furacões. A temporada de 2024 acabou registrando 19 tempestades, com 11 furacões, dos quais cinco foram classificados como grandes, demonstrando a complexidade e imprevisibilidade dessas projeções.
O portal Imprensa 24h seguirá monitorando os dados atualizados da Colorado State University e do Centro Nacional de Furacões dos EUA (https://www.nhc.noaa.gov/), trazendo em tempo real as possíveis ameaças que possam afetar a região de Sergipe, o Nordeste brasileiro e o restante da costa atlântica durante os próximos meses.
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