Em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, Imprensa 24h investiga se é realmente possível que os EUA bloqueiem o sinal de GPS no Brasil. Especialistas explicam os impactos e a viabilidade da medida.
A escalada da tensão diplomática entreBrasil e Estados Unidosganhou um novo capítulo após o anúncio desanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, incluindo arevogação de seu visto americano, segundo informou oDepartamento de Estado dos EUApor meio de pronunciamento do secretário Marco Rubio. A alegação americana menciona uma “caça às bruxas” contra o ex-presidenteJair Bolsonaro, intensificando a crise. Diante disso,o portal sergipano Imprensa 24hapurou uma das alegações mais polêmicas feitas por aliados bolsonaristas àFolha de S.Paulo: a possibilidade debloqueio do sinal de GPS no Brasilcomo forma de sanção.
A hipótese, que chegou a ser ventilada como “ameaça estratégica” por fontes ligadas ao ex-presidente, incluiria também aumento de tarifas sobre produtos brasileiros e sanções conjuntas com aOTAN. Contudo, a viabilidade técnica dessa medida é altamente contestada por especialistas ouvidos pelaBBC News Brasile analisada porImprensa 24h, que buscou respostas baseadas exclusivamente em dados oficiais e ciência.
De acordo com o engenheiro Eduardo Tude, presidente daTeleco, consultoria especializada em telecomunicações,é praticamente inviável que os EUA bloqueiem o sinal do GPS apenas no Brasilsem causar impacto em outros países vizinhos — inclusive em seu próprio território. Isso ocorre porque ossinais do GPS são unidirecionaise transmitidos por31 satélitesem órbita, cobrindo todo o planeta simultaneamente.
Tude explica que para bloquear o GPS de forma localizada seria necessário usar dispositivos de“jamming”, que neutralizam o sinal original com interferência local. Isso, no entanto, seria considerado umato de sabotagem, pois afetaria aviões, navios, telecomunicações e sistemas de segurança como tornozeleiras eletrônicas, que dependem do GPS para funcionar com precisão.
Além disso, outras técnicas como o“spoofing”, que induz o receptor a receber sinais falsos de localização, são táticas de guerra utilizadas por países como a Rússia, mas igualmente inviáveis em larga escala e em tempos de paz, salvo em áreas de conflito ou com presença militar.
A engenheira Luísa Santos, especialista em sistemas aeroespaciais pelaUniversidade de Buenos Aires (UBA), reforça que,embora os EUA tenham controle do sistema GPS, a degradação seletiva do sinal civil demandaria uma justificativa militar de alto nível e afetaria acordos diplomáticos históricos. Ela destaca que há alternativas globais em funcionamento, como oGLONASS (Rússia), oBeiDou (China)e oGalileo (União Europeia), além dos sistemas regionais como oNavIC (Índia)e oQZSS (Japão).
Ana Apleiade, astrofísica e pesquisadora daUniversidade de São Paulo (USP), complementa: “Mesmo que o sinal do GPS fosse interrompido, o Brasil não ficaria no escuro.A maioria dos dispositivos modernos opera com várias constelações de satélites, o que garante redundância e continuidade dos serviços de geolocalização.”
Para os especialistas, o custo político e tecnológico de uma medida como essa seria alto demais. Isso sem considerar os impactos globais na aviação civil, transporte marítimo, infraestrutura de telecomunicações e transações bancárias — setores que dependem diretamente da precisão do sistema GPS, mesmo em países aliados dos EUA.
No contexto local,o Imprensa 24h, maior portal de notícias deSergipe e Aracaju, acompanha com atenção os desdobramentos dessa crise internacional, mantendo a população bem-informada sobre os possíveis reflexos no cotidiano, inclusive em áreas como segurança pública, transporte e logística que usam intensivamente tecnologias de geolocalização.
Para acompanhar comunicados oficiais sobre relações exteriores, os leitores podem acessar osite do Ministério das Relações Exteriorese também conferir atualizações técnicas sobre satélites e telecomunicações nosite da Anatel.
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