O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia hoje o Teste Público de Segurança da Urna 2023, marcando a 7ª edição do evento que busca aprimorar a segurança e a integridade dos sistemas eleitorais brasileiros. Até o dia 1º de dezembro, 36 investigadores terão acesso aos componentes internos e externos das urnas eletrônicas, executando 31 planos de testes nos sistemas que serão utilizados nas eleições municipais de 2024.
Objetivos do Teste
O Teste Público de Segurança da Urna, segundo Rafael Azevedo, coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, tem como principal objetivo aprimorar o processo de desenvolvimento dos sistemas eleitorais. “A cada biênio, após as eleições, começamos a desenvolver os sistemas para a eleição seguinte. No meio desse processo, fazemos esse teste de forma pública para verificar se há alguma vulnerabilidade”, explicou Azevedo em entrevista.
Como o Teste é Realizado
Qualquer brasileiro acima de 18 anos pode se inscrever para apresentar um plano de testes, que, nas palavras de Azevedo, consiste em “um plano de ataque para tentar vulnerabilizar de alguma forma a urna eletrônica, o processo de votação”. Os objetivos principais são quebrar o sigilo do voto ou adulterar a integridade do sistema.
Caso algum investigador encontre vulnerabilidades, ele deve propor soluções. Em maio do ano seguinte, será realizado um novo teste para verificar se os problemas foram sanados, garantindo a eficácia do processo antes das eleições.
Componentes Avaliados
Diversos componentes dos sistemas eleitorais serão avaliados durante o teste, incluindo o gerenciador de dados, aplicativos, interface com a urna eletrônica, software básico da urna, software de carga, gerenciador de aplicativos, software de votação, recuperador de dados, sistema de apuração, sistema transportador, entre outros.
Urnas Utilizadas
No Teste de 2023, serão utilizados os modelos mais recentes de urnas, as UE 2020 e 2022. Estes equipamentos apresentam avanços em acessibilidade, segurança, transparência e agilidade em comparação com os modelos anteriores. A capacidade de processamento aumentou em 18 vezes, foram adicionadas telas sensíveis ao toque no terminal do mesário e o hardware de segurança foi certificado de acordo com os requisitos da Infraestrutura Pública de Chaves Criptográficas (ICPBrasil).
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