Presidente Trump alerta sobre possível risco de autismo em crianças ligado ao paracetamol na gravidez. Especialistas afirmam que evidências são inconclusivas e orientam uso seguro.
Nesta segunda-feira (22), o presidente dos Estados Unidos,Donald Trump, afirmou que a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos do país, notificará médicos sobre um suposto aumento de risco de autismo em crianças associado ao uso deparacetamoldurante a gestação.
“Tomar Tylenol não é bom. Vou dizer, não é bom”, declarou Trump repetidas vezes, recomendando que gestantes evitem o medicamento, exceto em casos estritamente necessários.
Oparacetamol, um dos analgésicos e antitérmicos mais utilizados no mundo, é reconhecido por seu uso seguro durante a gravidez. Gestantes não devem utilizar anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, e podem usar o paracetamol sob orientação médica.
Segundo pesquisadores, até o momentonão há evidência científica conclusiva de que o uso do paracetamol durante a gravidez cause autismo. Estudos recentes, como os publicados na revista científicaEnvironmental Healthem agosto de 2025, apontam sinais de associação em algumas pesquisas, mas sem comprovar causalidade.
A farmacêutica Kenvue, responsável pelo Tylenol, afirmou que “não há base científica” para a associação feita por Trump. OColégio Americano de Obstetrícia e Ginecologiatambém reforçou que “estudos passados não mostram evidências claras de que o uso prudente de paracetamol durante qualquer trimestre cause problemas no desenvolvimento fetal”. Já oServiço Nacional de Saúde do Reino Unidocontinua considerando o paracetamol como a “primeira escolha” de analgésico para gestantes.
Estudos e evidências científicas
Pesquisas, incluindo um estudo da Suécia com quase 2,5 milhões de crianças, indicaram um pequeno aumento nos riscos de autismo ou TDAH quando o paracetamol foi utilizado durante a gestação. Entretanto, análises comparando irmãos nascidos da mesma mãe eliminaram essas associações, indicando que fatores de confusão, como condições de saúde maternas, podem explicar os sinais observados.
Especialistas alertam ainda quenão tratar febres ou dores na gravidez pode trazer riscos sérios, como aborto espontâneo ou parto prematuro. O psiquiatra infantil e professor da USP, Guilherme Polanczyk, reforça que a correlação observada em alguns estudos não significa relação de causa e efeito.
Leucovorina e autismo
Trump também mencionou aleucovorina, uma forma de ácido fólico, como possível tratamento para sintomas de autismo, embora não haja estudos robustos que comprovem eficácia. A FDA recentemente aprovou uma versão da leucovorina fabricada pela GSK, baseada em análises de 40 pacientes com deficiência cerebral de folato (CFD), condição rara que pode causar sintomas neurológicos semelhantes aos do autismo.
OImprensa 24hacompanha de perto os desdobramentos desse debate e recomenda que gestantes consultem profissionais de saúde antes de usar qualquer medicação, mantendo o uso do paracetamol dentro das doses seguras indicadas pelas autoridades médicas.
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