Edivan Amorim, presidente estadual do PL e coordenador da campanha de Emília Corrêa, sedento pelo poder, já estaria negociando a ocupação de espaços na prefeitura de Aracaju com figuras da velha política em troca de apoio eleitoral.
Pedindo para não ter o nome revelado de modo a evitar represálias, um integrante do PL confidenciou que Edivan teria prometido uma secretaria ao ex-vice-prefeito José Carlos Machado em caso de vitória da sua candidata.
Sem mandato, Machado é réu perante a Justiça em processo que apura dano ao erário e enriquecimento ilícito no caso da Operação Caça-fantasma.
Deflagrada pelo Ministério Público em 2016, no fim da gestão do grupo de Emília, a referida operação identificou, somente no gabinete de Machado, cerca de 80 servidores comissionados que recebiam sem trabalhar, os chamados funcionários fantasmas.
Foi com ajuda da gestão do então vice-prefeito José Carlos Machado que Emília assumiu pela primeira como vereadora; ela era suplente da coligação governista, uma aliada de primeira hora do sistema que hoje ela diz combater.
E foi justamente sob a administração dos aliados de Emília, entre 2013 e 2016, que Aracaju vivenciou um dos períodos mais caóticos de sua história.
O grupo que Emília defendeu na prefeitura da capital deixou a população sem coleta de lixo; alunos sem aula por falta de merenda nas escolas; servidores com salários atrasados e uma dívida de R$ 540 milhões.
Resta saber se o aracajuano irá considerar um risco eleger quem se usa de discurso fácil de reclamação, na posição confortável de ser oposição e não precisar, na eleição, apresentar resultados.
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