A Câmara de Vereadores de Aracaju foi motivo de chacota nacional após a divulgação da ‘Homenagem Fake’ ao ministro da saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga.
Em visita ao Estado de Sergipe, Queiroga foi vaiado no 8º Congresso Norte Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, que aconteceu em Aracaju na semana passada.
A Central Única dos Trabalhadores conversou com a vereadora de Aracaju Ângela Melo, membro da Diretoria Executiva Nacional da CUT, para obter mais informações sobre o ocorrido.
1. Qual vereador propôs o Projeto de Decreto Legislativo que instituiu o Título de Cidadão Aracajuano ao ministro Marcelo Queiroz?
Ângela Melo – O vereador Pastor Diego
2. Quais vereadores fizeram a defesa do Projeto de Decreto Legislativo que instituiu o Título de Cidadão Aracajuano para Marcelo de Queiroz e quem votou favorável?
AM – Não houve defesa do Projeto e nem houve votação.
3. Haverá alguma penalidade para esta atitude antidemocrática e que descumpre o regimento da Casa?
AM – Não cabe a mim dizer se haverá alguma penalidade aos envolvidos ou não, mas eu vou entrar com um pedido de anulação desse título.
4. Diante da atuação desastrosa do Governo Federal durante a pandemia da Covid que levou à morte mais de 700 mil brasileiras e brasileiros, qual o sentido desta homenagem ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga?
AM – É um completo absurdo homenagear um dos responsáveis pela catastrófica gestão da pandemia por parte do governo federal. Uma verdadeira afronta aos familiares das vítimas da Covid.
5. A Mesa Diretora desrespeitou a democracia ao aprovar o Projeto de Decreto Legislativo que não foi votado pelos vereadores? Qual a chance desta atitude se repetir na Câmara de Vereadores?
AM – Eu não tenho como dizer quais as chances disso se repetir, mas a minha expectativa é de que um erro como esse não se repita. A nova Mesa Diretora precisa respeitar os trâmites que estão previstos no regimento interno da Casa. Aprovar um Projeto de Decreto Legislativo que não foi votado pelo plenário da Câmara não é uma atitude democrática e não há condições de termos um Parlamento forte sem democracia.
Por: CUT Sergipe
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