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4ª LIRAa: Aracaju se mantém em médio risco, mas com menor índice dos últimos cinco anos

4ª LIRAa: Aracaju se mantém em médio risco, mas com menor índice dos últimos cinco anos

4ª LIRAa: Aracaju se mantém em médio risco, mas com menor índice dos últimos cinco anos

A Prefeitura de Aracaju apresentou nesta sexta-feira, dia 2, os dados do quarto Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, estudo realizado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) entre os dias 1º e 5 de julho, com o objetivo de mapear a infestação do mosquito a fim de nortear as ações de combate ao vetor, promovidas pelo município. O levantamento indicou uma infestação geral de 1,3, valor considerado como médio risco para surtos ou epidemias, o que representa uma redução de 19% em relação ao terceiro LIRAa deste ano, realizado em maio, que apontou índice de 1,6, e, ainda, o menor dos últimos cinco anos para o mês de julho.

Segundo o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, o resultado positivo do 4° LIRAa é fruto do trabalho realizado pela gestão municipal ao longo dos últimos anos, a partir da Secretaria da Saúde, Emsurb e demais secretarias que atuam no trabalho de prevenção. O gestor também ressaltou a importância da participação da população no combate às arboviroses.

“A gente comemora esse resultado apresentado pelo levantamento, mas não podemos, a partir disso, cruzar os braços. O combate à dengue é uma luta que precisamos travar diariamente, principalmente nas nossas casas, onde se encontram a maior parte dos criadouros do mosquito. Agradeço à população, pois este ano conseguimos visitar mais domicílios, ou seja, as pessoas passaram a entender a importância do trabalho dos nossos agentes de endemias. A vacina contra a dengue já existe, mas, por enquanto, ela está disponível em baixa quantidade, por isso, precisamos continuar de olho e combatendo o mosquito causador dessas doenças”, destacou o prefeito.

Para o secretário municipal da Saúde, João Vitor Burgos, a redução do índice demonstra a efetividade dos trabalhos realizados pela SMS no combate ao Aedes, além de maior conscientização por parte da população.

“Nos últimos anos, temos intensificado as ações de combate ao mosquito e fortalecido, principalmente, a orientação à população, afinal, mesmo com todo o esforço da gestão, essa batalha contra o Aedes não surtiria efeito se não houvesse, conjuntamente, o trabalho realizado em cada residência. Por isso, além de continuarmos nessa missão, contamos com a conscientização de cada um para melhorarmos, cada vez mais, os índices da capital”, salienta João Vitor, ao citar as visitas dos agentes, inclusive à noite, os mutirões, em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e bloqueios de transmissão.

Além da redução do índice, Aracaju também registrou queda no número de casos confirmados de arboviroses. Neste ano, na capital, foram notificados, até o momento, 3.665 casos de dengue, 205 de chikungunya e 153 de zika. Destes, foram confirmados, 229 casos de dengue, 63 de chikungunya e cinco de zika. Se comparado ao mesmo período de 2023, houve uma queda de 71,44% dos casos de dengue, 82% de chikungunya e 83,87% de zika. No total, houve uma redução de 74,89% dos casos de arboviroses.

“É preciso ressaltar que vivenciamos um período intenso de chuvas somado a calor, e isso favorece a proliferação do Aedes, portanto, a queda dos números é muito significativa e reforça as ações que temos desenvolvido ao longo de todo o ano. Em 2024, o Brasil teve um alerta importante para o aumento do número de casos de dengue, por exemplo, com situações delicadas em muitas cidades, mas, em Aracaju, conseguimos controlar, sempre atentos à sazonalidade”, frisa o secretário.

De acordo com a diretora de vigilância em saúde, Taíse Cavalcante, a diminuição dos casos só foi possível por causa das ações realizadas pela Prefeitura de Aracaju.

“Vários estados do país estão passando por uma epidemia. Graças às ações da gestão, isso não afetou a capital sergipana. É sempre importante manter esse trabalho contínuo para que possamos ter uma verão sem casos e, principalmente, sem óbitos ou complicações causadas pelas três doenças que são transmitidas pelo mosquito. Nosso trabalho agora é de orientação e intensificação dos trabalhos, para que possamos finalizar o ano da melhor forma possível”, disse.

Médio risco

O levantamento de índice de infestação é classificado em três níveis: baixo (de 0,0% a 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%), e é realizado a cada dois meses, sendo uma ferramenta de monitoramento da presença da larva do aedes, transmissor das arboviroses dengue, zika, chikungunya. O quarto LIRAa realizado em Aracaju apontou 1,3, considerado médio risco. No entanto, em comparação a anos anteriores, o de 2024 foi o menor, desde 2020, sendo que neste não houve realização do levantamento, devido à pandemia. Em 2021, o índice foi de 1,6, já em 2022 foi de 2,3. No ano passado, o índice foi de 1,7.

“Com base nesses dados, a SMS tem o levantamento dos principais focos do mosquito, bairros com maiores índices, sendo possível traçar estratégias de combate como fumacê costal, mutirões de limpeza, eliminação de focos e conscientização da população, ou seja, é uma ferramenta de muita importância e, por isso, sempre chamamos a atenção para a parceria entre o poder público e a população”, aponta o secretário da Saúde, João Vitor Burgos.

Dos 48 bairros de Aracaju, 26 bairros foram classificados com baixo risco (satisfatório), 22 bairros com médio risco (alerta) e nenhum bairro classificado como alto risco. Quando avaliado bairro a bairro e comparado com o LIRAa de maio de 2024, observa-se que 18 bairros de, em julho de 2024, tiveram aumento no valor do índice de infestação predial, isto equivale a 37,5% dos bairros, 17 bairros apresentaram redução em seus índices 35,4%, e 13 bairros mantiveram o mesmo índice, ou seja 27,1%.

Os quatro bairros com maior índice foram: José Conrado de Araújo (3,9), Porto Dantas (3,9), Japãozinho (3,7) e Palestina (3,5). Entre os bairros que tiveram maior queda do índice está o 13 de Julho que, em maio, estava com 2,8 e, no LIRAa de julho apresentou índice 0,0.

Neste LIRAa os principais criadouros de mosquito aedes aegypti foram os pequenos depósitos domiciliares, vasos, pratos de plantas, ralos, lajes, etc. Estes representaram 44,2% dos focos encontrados. Em segundo lugar apareceram os depósitos de armazenamento de água ao nível do solo, como lavanderias e tonéis, que representam 42% dos locais com foco. Os pneus guardados em quintais representam 8% e o lixo, entulho e resíduos sólidos em quintais representam 5,1%. Neste levantamento foi encontrado um foco de mosquito Aedes aegypti em terreno baldio.

Ações

Entre as ações realizadas estão os mutirões aos sábados, uma parceria entre a SMS e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Ao todo, já foram realizados 20 mutirões, em 2024.

Desde o início de 2024, foram realizadas 366.312 visitas domiciliares por parte dos agentes de endemias da SMS. De janeiro a junho, foram visitados 3.254 pontos estratégicos, com 146 tratamentos focais com larvicida e 187 tratamentos perifocais com inseticida residual.

Além disto, o Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti realizou a aplicação de fumacê costal em 84 localidades, totalizando 1.207 quarteirões, alcançando um total de 72.275 imóveis.

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