Um mês após a invasão às sedes dos três poderes, em Brasília, em que milhares de manifestantes e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro destruíram o patrimônio público e vandalizaram áreas internas dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, o vereador por Aracaju, Professor Bittencourt (PDT), utilizou a tribuna na sessão desta quarta-feira, 08, para relembrar esse dia lamentável.
“A gente precisa tratar de coisas para que não sejam esquecidas. No dia 8 de janeiro o Brasil viveu um dos momentos mais lamentáveis da sua história. O momento em que certo setor da política, conduzida pelo que há de mais conservador, reacionário, mais desrespeitoso no campo da política, resolveu impetrar uma ação completamente desastrosa, absurda, grotesca, estúpida querendo desqualificar a democracia e o povo brasileiro. Eu faço questão de reafirmar isso, porque têm questões que a gente precisa sempre lembrar para que ninguém esqueça”, afirmou o parlamentar.
Em seu primeiro discurso, após a retomada dos trabalhos legislativos de 2023, o parlamentar destacou que todos os vereadores da Casa reafirmam a primazia da democracia e o estado democrático de direito.
“Nós, que somos do parlamento, precisamos lembrar a todo o instante que somos o resultado, o triunfo da democracia. Vilipendiar, agredir, questionar a democracia de modo grotesco, estúpido, covarde, é algo que se fosse algum de nós, estaríamos dando um tiro não no pé, mas no coração. Portanto, eu não tenho dúvidas que todos aqui, todos sem exceção, homens e mulheres, reafirmam a primazia da democracia e reafirmam o estado democrático de direito”, pontuou.
Para Bittencourt, os acontecimentos de 8 de janeiro foram “lamentáveis, mais lamentável ainda foi ver parte expressiva de certos segmentos econômicos e políticos do Brasil reafirmar aquilo como sendo uma conduta necessária, porque se viram derrotados e utilizaram argumentos dos mais diversos para justificar um ato daquele. Que essa casa seja cada vez mais uma trincheira em favor da liberdade democrática do estado democrático de direito”, finalizou.