Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) revelou que cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como pods, vaporizadores ou vapes, apresentam riscos à saúde, contrariando a ideia de serem uma alternativa mais segura aos cigarros tradicionais.
No período de apenas 15 dias, durante o último mês de outubro, o IAPF analisou 123 amostras de dispositivos eletrônicos apreendidos pela Polícia Civil em Sergipe. Surpreendentemente, 86% dessas amostras continham substâncias como nicotina, a mesma encontrada nos cigarros convencionais.
Perigo em cada vapor: O perito criminal do IAPF, Nailson Correia, destacou que além da nicotina, os cigarros eletrônicos contêm substâncias como propilenoglicol, que quando aquecido transforma-se em formaldeído, conhecido por ser uma substância carcinogênica. Outras substâncias preocupantes incluem glicerol, que se transforma em acetaldeído, uma substância tóxica, e etilenoglicol, que pode ser explosivo.
Alerta aos pais: Correia também alertou sobre a presença de ésteres, substâncias extremamente nocivas, enfatizando a estratégia de incluí-las nos cigarros eletrônicos para atrair especialmente o público jovem. Os pais foram aconselhados a ficarem atentos às práticas de seus filhos.
Proibição e apreensão: No Brasil, a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos são proibidas conforme a resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS). As polícias Civil e Militar em Sergipe atuam ativamente na apreensão desses dispositivos durante operações.
Denúncias fundamentais: A Polícia Científica faz um apelo à população para denunciar a comercialização ilegal desses produtos, incluindo pods, vaporizadores e vapes. As denúncias podem ser feitas anonimamente através do Disque-Denúncia (181) ou, em casos de flagrante, diretamente à Polícia Militar pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp – 190).
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