O 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, sediado em Aracaju, teve início na manhã desta quinta-feira, 3, no Centro de Convenções Am Malls, localizado na avenida Tancredo Neves. O evento, que segue até o sábado, dia 5, reúne diversas autoridades e gestores de saúde de ambas as regiões para uma ampla discussão sobre as perspectivas das políticas públicas de saúde para as cidades. A abertura oficial do Congresso acontece à noite, no Teatro Tobias Barreto, com a presença do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A programação teve início com palestras, seminários e oficinas. As secretarias municipais de diversas cidades do Norte e Nordeste estão expondo suas principais ações voltadas para a área da saúde. No caso de Aracaju, segundo a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, no stand montado no Centro de Convenções, a pasta escolheu mostrar um pouco sobre a Sala de Situação, um sistema criado na atual gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, com ações inéditas no país.
“Cada município está podendo mostrar um pouco do que tem de bom. A Sala de Situação foi criada a partir da necessidade que tínhamos de observar e controlar as nossas ações com foco nos indicadores de saúde. Temos, por exemplo, o controle da dengue, onde sabemos os locais de maior ou menor número de casos e notificações, a partir de um mapa de calor da cidade. Com este sistema, também temos como saber quais são as pessoas que estão com tuberculose, hanseníase e outras doenças. Temos a Central de Regulação de Leito, além do controle de desempenho dos nossos gestores de unidades básicas, que é único no Brasil, e tem contribuído muito para a saúde pública da rede primária”, destaca a secretária.
De acordo com o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Sales Tocantins, a expectativa é de que, a partir das análises e debates realizados entre gestores e autoridades sanitárias durante o Congresso, todas as demandas e necessidades específicas na área da saúde e de políticas sociais possam ser levadas a nível nacional.
“Questões relacionadas às populações ribeirinhas, indígenas, e população de extrema vulnerabilidade e de áreas mais secas como estas que se encontram nas regiões Norte e Nordeste, vão ser colocadas em pauta, discutidas e feitas propostas para o Ministério da Saúde e outras autoridades dos campos estaduais e municipais. As duas regiões são as que exigem políticas muito mais específicas e têm demandas que devem ser demonstradas ao país, e o Conasems tem apoiado essas demandas”, pontua o vice-presidente.
Para o secretário-executivo do Conasems, Mauro Junqueira, esta é uma grande oportunidade de gestores municipais levarem suas equipes da área para interagirem com as propostas que estão sendo discutidas a nível nacional.
“É um prazer muito grande estar aqui neste Congresso que reúne todas as forças dessas duas regiões muito importantes para o Sistema Único de Saúde. Estamos aqui para discutir as políticas públicas de saúde. Como sempre nos nossos congressos, tanto nacionais, quanto regionais, estamos dando oportunidade para que os gestores municipais e suas equipes possam ouvir as propostas, fazer uma escuta da região, para levar para o cenário nacional e propor medidas e políticas que possam impactar efetivamente na região”, ressalta Mauro.