A Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe (SES) emitiu um alerta sobre o impacto negativo do alto número de atendimentos de baixa complexidade no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). Dados recentes mostram que cerca de 69% dos atendimentos realizados no Huse poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou outras estruturas da Atenção Primária. Essa sobrecarga compromete a eficiência do hospital, projetado para atender casos de alta complexidade.
De acordo com Carlos Torres, diretor assistencial do Huse, a situação exige atenção imediata. “O hospital tem como foco principal atender traumas e emergências graves, como infartos ou acidentes vasculares cerebrais (AVC). Entretanto, quando atendemos uma grande quantidade de casos de baixa complexidade, os recursos acabam sendo divididos, atrasando atendimentos urgentes”, explicou Torres.
Situações que Sobrecarregam o Sistema
Entre os casos de baixa complexidade mais frequentes no Huse estão dores de cabeça simples, viroses, renovação de receitas, troca de sondas e dores de dente. Esses atendimentos, segundo a SES, devem ser realizados em UBSs, Unidades de Saúde da Família (USF) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA). No entanto, muitos pacientes preferem buscar o Huse por acreditarem que terão um atendimento mais rápido.
Torres destacou que o comportamento é influenciado pela dificuldade de acesso rápido nas UBSs e pela falta de conhecimento sobre o fluxo ideal do Sistema Único de Saúde (SUS). “É fundamental educar a população sobre a importância de respeitar a classificação de risco, que prioriza casos graves. Essa conscientização ajudaria a desafogar o hospital”, afirmou.
Ações Educativas e Direcionamento
A SES reforça a necessidade de campanhas educativas para orientar a população sobre onde buscar atendimento de acordo com a gravidade dos sintomas. A recomendação é que situações graves, como insuficiência respiratória, suspeita de AVC ou infarto, sejam direcionadas ao Huse. Já dores leves, viroses e renovação de receitas podem ser resolvidas em postos de saúde ou hospitais de menor porte.
Além disso, a pasta destaca a importância de melhorar o acesso e a agilidade nos atendimentos primários. “O problema não é apenas cultural; é estrutural. Muitos pacientes buscam o Huse porque têm dificuldade de encontrar atendimento rápido em outros locais. É preciso melhorar esse fluxo em toda a rede de saúde pública”, finalizou Torres.
Para mais informações sobre o atendimento no Huse e os fluxos da rede SUS, acesse o site oficial da Secretaria de Estado da Saúde.
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