Como estratégia de ampliação da cobertura vacinal na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, numa ação intersetorial envolvendo as secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Educação (Semed), leva o serviço de vacinação para as escolas da cidade, tanto as da rede municipal como as da rede particular. Somente nas unidades do Município, em pouco mais de um mês de ação, 4.290 alunos tiveram sua caderneta vacinal atualizada.
A medida se soma às demais mobilizações da gestão municipal para disponibilizar pontos acessíveis para que a população possa se vacinar. Hoje, além das escolas, as vacinas estão disponíveis nas 45 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nos três shoppings da capital (Riomar, Jardins e Aracaju Parque Shopping).
Como resultado, os números já demonstram o êxito das ações estratégicas. Somente com relação à vacina contra poliomielite. Se no ano passado a campanha alcançou 60% do público aguardado, em 2023 já atingiu 97% da cobertura vacinal. Os números também são animadores com relação à tríplice viral, que teve, nos primeiros três meses deste ano, um aumento de 196% de cobertura, com relação ao mesmo período do ano passado. Assim também foi exitosa a vacinação contra hepatite B que teve um aumento de 30%, se comparado ao mesmo período de 2022.
Quando o cenário é visto dentro das escolas, o processo é ainda mais delicado, já que o principal alvo são as crianças. Para a vacinação desse público, pais ou responsáveis precisam enviar o termo de autorização assinado, cartão de vacina e documento da criança. Já funcionários, pais e professores devem apresentar documento de identificação e cartão de vacina.
Enfermeira da rede municipal, Daiane Mendonça é uma das profissionais que atua na vacinação nas escolas. Para ela, além das iniciativas da gestão pública, é preciso o engajamento da população, já que se trata da saúde coletiva.
“Hoje, percebemos que as cadernetas estão desatualizadas, o que é preocupante. Nessa estratégia, estamos com todas as vacinas disponíveis, com exceção da Pfizer Baby, que só é encontrada nas UBSs, então, facilita, sobretudo levando em consideração a rotina dos pais, da população geral. Nas escolas, temos um público grande, então, a ideia é alcançar o maior número de pessoas possível. A vacinação é extremamente importante, principalmente nesse período sazonal, com infecções respiratórias em alta. Portanto, é preciso atuar para a prevenção, e a vacina é o caminho para isso”, destaca a enfermeira.
Comunidade escolar
Uma das escolas que recebeu a equipe de imunização foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Laonte Gama, localizada no bairro Santa Maria. Por lá, tanto alunos, como pais, responsáveis legais e funcionários da educação foram imunizados.
“Começamos a nos organizar previamente, com a indicação da Semed de que os pais ou responsáveis fossem avisados, e foram passadas as autorizações para que os mesmos dessem a permissão dos alunos serem vacinados. Assim foi feito. Fizemos o chamamento a toda a comunidade escolar, numa mobilização de fomento à vacinação. Esperando, sempre, a colaboração das famílias para que possamos ampliar a imunização, afinal, o benefício é coletivo”, destaca a coordenadora administrativa da escola, Viviane de Oliveira.
A estudante e mãe de aluno da rede municipal Mariane dos Santos, de 25 anos, aproveitou a oportunidade e garantiu sua vacina bivalente contra covid-19.
“Essa iniciativa de levar a vacina até as escolas é muito boa porque eu, particularmente, nem sempre tenho tempo de ir a uma unidade de saúde, então, facilita no momento em que venho à escola. Tenho dois filhos e, assim como procuro manter a vacinação deles em dia, mantenho a minha também”, conta Mariane.
Logo cedo, Maria Aparecida do Nascimento, de 68 anos, estava na porta da escola. Ela queria garantir a vacina o quanto antes. Assim como ela, o neto, de 7 anos, também tomou a vacina e atualizou a caderneta.
“Vim para tomar a vacina de Influenza e a da covid-19 que estava atrasada. Não costuma atrasar as doses, mas me passei e, quando percebi, cuidei logo de tomar. O neto já está com as vacinas todas em dia, agora, o que é uma preocupação a menos. Essa ação da Prefeitura facilitou muito porque aproveitamos o momento de deixar o aluno na escola e já tomamos a vacina que é muito importante para a prevenção de doenças”, considera Maria.
Aos 9 anos, o pequeno Luiz Miguel do Nascimento Carmo, aluno da Emef Laonte Gama, já entende a necessidade de tomar a vacina e foi sem medo à sala onde o imunizante estava sendo aplicada.
“Gostei de tomar a vacina. Achei que iria doer, mas não senti quase nada. Antes, eu só chorava quando ia tomar vacina, mas, agora, é só coragem porque eu sei que faz bem para a saúde”, conta o aluno.
Vacinas ofertadas
*Covid-19
– 3 e 4 anos (CoronaVac);
– 5 a 11 anos (Pfizer pediátrica);
– 12 a 17 anos (Pfizer adulto);
– 18 anos (Pfizer adulto)
*Pólio (Paralisia Infantil)
– Esquema de VIP – 2, 4 e 6 meses;
– Esquema de VOP – 15 meses e 4 anos;
– E faixa etária da campanha da pólio – 1 a 4 anos.
* Hepatite A
* Hepatite B
* Penta
* Pneumo 10
* Rotavírus
* Meningo C
* Febre Amarela
* Varicela
* HPV
* Tétano (DTP)
* dTpa
* Tríplice Viral