A cidade de Quito, no Equador, foi abalada por um terrível ato de violência na noite desta quarta-feira (9), quando Fernando Villavicencio, candidato à presidência do país, foi assassinado com três tiros na cabeça. As autoridades locais relatam que o crime ocorreu logo após Villavicencio sair de um comício realizado em uma escola na cidade.
De acordo com informações preliminares, o assassinato foi cometido por três criminosos armados com metralhadoras. Além de Villavicencio, nove pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma candidata à Câmara de Deputados e dois policiais que estavam atuando na segurança do evento.
Um dos suspeitos do crime foi morto em uma troca de tiros com a polícia, conforme anunciado pelo Ministério Público do Equador. Além disso, seis indivíduos foram detidos sob suspeita de envolvimento no planejamento e execução do assassinato.
O Partido Movimiento Construye, ao qual Villavicencio era filiado, também foi alvo de violência. A sede do partido foi atacada por homens armados, conforme relatado em um comunicado divulgado pelo grupo em uma rede social.
O falecido candidato tinha um histórico notável como jornalista investigativo, focando principalmente em denúncias relacionadas ao narcotráfico e à corrupção dentro da elite política equatoriana. O renomado cientista político Maurício Santora destacou que Villavicencio havia desafiado interesses poderosos ao expor essas questões sensíveis.
A tragédia ocorre em meio a uma acirrada disputa pela presidência, a poucos dias da votação marcada para 20 de agosto. Uma pesquisa de intenção de voto publicada recentemente pelo jornal “El Universo” colocava Villavicencio em quinto lugar nas preferências eleitorais.
O Ministério das Relações Exteriores, representando o governo brasileiro, expressou sua profunda consternação em relação ao trágico incidente por meio de um comunicado oficial.
A nação equatoriana está de luto pela perda do candidato presidencial, enquanto as autoridades continuam a investigar os detalhes do crime chocante que tirou a vida de Fernando Villavicencio. A sociedade aguarda respostas e espera que a justiça seja feita em nome da vítima e de todos aqueles que foram afetados por essa tragédia.