Casos de depressão na saúde suplementar brasileira apresentaram um crescimento significativo entre 2020 e 2023, revela estudo exclusivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgado à CNN. O percentual de beneficiários afetados saltou de 11,1% para 13,5%, enquanto em novembro de 2023, o Brasil contava com 50,9 milhões de beneficiários.
Prevalência entre Mulheres e Jovens
A pesquisa aponta que a prevalência da depressão é mais pronunciada entre as mulheres, atingindo 18,5% em 2023. O aumento é notável, passando de 15,3% em 2020. Alarmingemente, uma em cada cinco beneficiárias de planos de saúde enfrenta a doença.
Jovens de 18 a 39 anos também foram impactados, com um aumento de 3,2 pontos percentuais, elevando a taxa de 9,8% para 13%. Essa faixa etária registrou o maior volume de casos durante o período.
Alerta do IESS sobre Impacto da Pandemia
José Cechin, superintendente executivo do IESS, destaca que os dados são preocupantes, indicando que a pandemia de Covid-19 agravou o aumento de doenças relacionadas. O impacto financeiro no setor é evidente, com custos relacionados à psicoterapia subindo de R$ 181 milhões para R$ 269 milhões entre 2018 e 2022.
O estudo, intitulado “Janeiro Branco na Saúde Suplementar – Panorama da saúde mental entre beneficiários de planos de saúde”, baseou-se em três pesquisas do Inquérito Telefônico para Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel).
Aumento de Internações por Ansiedade
O levantamento revela um aumento expressivo nos eventos relacionados à ansiedade generalizada (CID F411) nos últimos anos. De 2018 a 2022, o número de internações mais que dobrou, passando de 794 para 2100 eventos. Cechin enfatiza a necessidade de atenção a essa crescente incidência.
Crescimento nas Consultas com Psicólogos
Outro estudo do instituto, baseado nos dados do Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), destaca um crescimento representativo de 60,8% no número de consultas e sessões com psicólogos no Brasil entre 2019 e 2022, saltando de 21,7 milhões para 34,9 milhões.
Este cenário reforça a importância de abordar as questões de saúde mental de forma abrangente e eficaz, diante do impacto crescente na saúde suplementar brasileira.
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