Nesta quinta-feira, a Avenida Barão de Maruim, em Aracaju, foi o cenário de mais um desfile cívico-militar em celebração aos 201 anos de Independência do Brasil. Como é comum em eventos com grande público, a área também se encheu de ambulantes, carrinhos de comidas e bebidas, e vendedores oferecendo uma variedade de produtos para garantir uma renda extra.
Um dos destaques do dia foi José Paulo, um pernambucano que viu na oportunidade uma chance de vender bancos de madeira, produzidos na fábrica familiar gerida por seu filho. Logo nas primeiras horas do desfile, ele já havia vendido mais de 50 banquinhos, com a previsão de triplicar esse número até o final do evento. José Paulo expressou sua alegria, afirmando que essa era a sua forma de comemorar a independência, com a expectativa de lucrar cerca de R$ 1.500.
Enquanto o desfile militar se desenrolava na avenida, Anderson Lima, um vendedor com seis anos de experiência em feiras e eventos, preferiu se concentrar na fabricação e venda de pastéis. Acompanhado de sua filha, sua meta era vender aproximadamente 300 pastéis, ao preço de R$ 4 cada, acompanhados de caldo de cana vendido a R$ 2. Ele explicou que eventos como esse têm uma dinâmica semelhante a feiras e que em dias normais as vendas seriam a metade. No entanto, o esforço de chegar às 3 da manhã estava valendo a pena.
O calor na avenida levou muitos a buscar um refresco, como Maria da Conceição, que optou por um coco gelado, também disponível para venda na avenida. Do outro lado da rua, o funcionário público Eduardo Fortaleza sentiu o aroma tentador do churrasco preparado por D. Maria do Perpétuo Alves. Com 48 anos de experiência, ela vendia churrasquinhos a R$ 10, e graças a essas vendas, criou seus filhos. D. Maria compartilhou sua satisfação por estar sempre presente nesse evento, além de poder assistir ao desfile.
O trabalho também foi o foco de José Carlos, um catador de latinhas que não participava do desfile, mas estava na avenida coletando vasilhames plásticos e enlatados. Ele explicou que consegue coletar dois sacos cheios e, a partir do que foi descartado irregularmente pela população, consegue ganhar uma renda extra.
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