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Economia Brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023, impulsionada por serviços e indústria

Economia Brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023, impulsionada por serviços e indústria

A economia brasileira demonstrou resiliência ao crescer 0,9% no segundo trimestre de 2023, em comparação com os três primeiros meses do ano, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Esse resultado marca o oitavo trimestre consecutivo de crescimento, embora represente uma desaceleração em relação ao crescimento de 1,8% registrado no primeiro trimestre de 2023, conforme revisado pelo IBGE, em comparação com o último trimestre de 2022.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro totalizou R$ 2,651 trilhões no segundo trimestre, evidenciando o vigor da economia do país. Além disso, quando comparado ao segundo trimestre do ano anterior, a economia brasileira registrou um aumento sólido de 3,4%. O PIB acumulado nos últimos 12 meses apresenta uma alta de 3,2%, enquanto no primeiro semestre de 2023, o crescimento acumulado foi de 3,7%.

Serviços e Indústria Impulsionam o Crescimento

O desempenho positivo da economia brasileira no segundo trimestre foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria. Os serviços registraram um aumento de 0,6%, com destaque para os serviços financeiros, especialmente seguros de vida, automóveis, patrimônio e risco financeiro, além de serviços voltados para empresas, como os jurídicos e de contabilidade.

A indústria, por sua vez, apresentou um crescimento pelo segundo trimestre consecutivo, com um destaque notável para a indústria extrativa, que cresceu 1,8%, impulsionada pela extração de petróleo e gás e minério de ferro, produtos de alta relevância para as exportações do país. No entanto, apesar desse crescimento, a indústria ainda não conseguiu superar o ponto mais alto da série histórica, registrado no terceiro trimestre de 2013.

Em contraste, a agropecuária foi o único setor da economia a registrar uma queda de 0,9% no trimestre, o que se deve principalmente à alta base de comparação, visto que o setor desempenhou um papel significativo no PIB nos primeiros três meses do ano.

Consumo e Demanda

No que diz respeito à demanda, o consumo das famílias teve um aumento de 0,9% no segundo trimestre, representando a maior alta desde o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento é atribuído à melhoria contínua do mercado de trabalho, ao aumento do crédito e a medidas governamentais, incluindo incentivos fiscais e reajustes nos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. No entanto, os altos juros continuam a dificultar o consumo de bens duráveis, e muitas famílias ainda estão endividadas, mesmo com programas de renegociação de dívidas.

O consumo do governo também registrou crescimento, com um aumento de 0,7%, marcando o quarto trimestre consecutivo de resultados positivos. Por outro lado, os investimentos se mantiveram estáveis, com um crescimento de apenas 0,1%, mantendo a taxa de investimento em 17,2% do PIB, abaixo do mesmo período do ano anterior, que era de 18,3%.

A taxa de poupança apresentou uma queda, passando de 18,4% no segundo trimestre do ano passado para 16,9% no mesmo período deste ano. Isso se deve à normalização da demanda e oferta de serviços à medida que a pandemia diminuiu, permitindo que as famílias gastassem os recursos poupados durante os períodos de restrição.

Exportações e Importações em Ascensão

As exportações e importações também tiveram um desempenho positivo no segundo trimestre, com um aumento de 2,9% nas exportações e 4,5% nas importações em comparação com o primeiro trimestre deste ano. Isso demonstra a resiliência do comércio internacional brasileiro.

Comparação Setorial e Crescimento Anual

Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, com a agropecuária liderando o caminho com um crescimento impressionante de 17%, seguido pela indústria, com 1,5%, e pelos serviços, com 2,3%. No primeiro semestre deste ano, a economia brasileira registrou um crescimento total de 3,7%, com a agropecuária novamente liderando com um crescimento de 17,9%, impulsionado pelas safras recordes de soja e milho.

Reprodução autorizada mediante a divulgação da Fonte:https://imprensa24h.com.br

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