O Centro de Apreensão de Animais de Aracaju, em estado de abandono, passa por dificuldades estruturais e de gestão. A nova gestão da Emsurb implementa medidas urgentes para garantir segurança e bem-estar aos animais.
A situação do Centro de Apreensão de Animais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) de Aracaju é um reflexo de um legado de abandono da gestão anterior. O espaço, que tem como missão acolher animais apreendidos, enfrenta sérios problemas de infraestrutura e organização. As condições dos currais são precárias, com necessidade urgente de manutenção, e a falta de uma área adequada para o descarte de resíduos compromete a saúde pública e o meio ambiente. Além disso, um canal aberto dentro do local representa um risco tanto para os animais quanto para os funcionários.
A gestão anterior deixou uma série de questões não resolvidas, como o descarte inadequado de resíduos, incluindo agulhas e outros materiais utilizados no tratamento veterinário, que ficaram sem recolhimento correto por nove anos. Esse descuido resultou em um risco sanitário significativo. A nova equipe, liderada pela prefeita Emília Corrêa e pelo presidente da Emsurb, Hugo Esoj, está trabalhando para mudar essa realidade. A atual administração reconhece que o Centro de Apreensão de Animais é essencial para a cidade, e medidas imediatas estão sendo implementadas para melhorar as condições do local.
Entre 1º e 8 de janeiro de 2025, 19 animais já foram resgatados pela equipe, demonstrando a importância do centro na cidade. Wellington Júnior, o médico veterinário recém-empossado, destacou que a principal dificuldade encontrada ao chegar foi a estrutura deteriorada. “Os currais precisam de manutenção urgente. Muitos animais chegam desnutridos e demandam suporte adequado. Estamos buscando alternativas como o cultivo de capim para alimentação, o que também pode ajudar a reduzir custos”, afirmou Wellington.
A alimentação dos animais resgatados é uma das maiores preocupações do novo time. Atualmente, a alimentação fornecida é basicamente composta por farelo, o que não é suficiente para garantir a recuperação dos animais. Para enfrentar essa questão, a proposta de criar uma capineira e uma área de pastagem no local está em andamento, oferecendo uma solução sustentável e econômica.
Além dos problemas estruturais e alimentares, a gestão da água também precisa ser revista. A Emsurb depende exclusivamente da água potável fornecida pela concessionária local, resultando em altos custos operacionais. Como alternativa, está sendo considerada a construção de um poço artesiano para atender a diversas necessidades, como a irrigação de plantas e a hidratação dos animais, proporcionando economia e sustentabilidade.
O diretor de Espaços Públicos e Abastecimento da Emsurb, Bertulino Menezes, após visitas técnicas ao local, destacou as principais ações de revitalização que estão sendo estudadas. “O centro está totalmente depredado. O que mais preocupa é o custo do consumo de água. Estamos avaliando alternativas, como a implementação de poços artesianos, que podem reduzir em até 40 mil reais anuais nas despesas com água”, disse Bertulino.
O estado das cercas que protegem o local também é alarmante, sem estrutura para conter animais de grande porte. Esse problema já causou incidentes, como fugas e até roubos de animais. Além disso, a falta de limpeza regular agrava a insalubridade do espaço, com fezes e lixo acumulados desde a última limpeza adequada, realizada em 10 de dezembro de 2024.
Apesar dos desafios, a nova gestão da Emsurb está empenhada em transformar o Centro de Apreensão de Animais em um ambiente seguro e funcional. A prefeita Emília Corrêa e sua equipe estão comprometidos em garantir a recuperação da infraestrutura do centro, implementar práticas corretas para o descarte de resíduos, melhorar a segurança e promover o bem-estar dos animais.
Essas ações demonstram a seriedade com que a nova administração encara o problema, visando criar um espaço mais eficiente, alinhado às necessidades da população e dos animais, além de contribuir para a preservação ambiental e a saúde pública de Aracaju.
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