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Fim do PERSE pode causar prejuízos, prejudicando empresas de serviços e colocando turismo em risco

Fim do PERSE pode causar prejuízos, prejudicando empresas de serviços e colocando turismo em risco

Fim do PERSE prejudica empresas de serviços, colocando turismo em risco

Um estudo recente conduzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o encerramento do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE) poderia resultar em uma perda anual de até R$ 244 bilhões na economia nacional. Essa pesquisa indica que as consequências seriam devastadoras, não apenas para o setor de turismo, mas para toda a economia brasileira, com estimativas de perdas tributárias entre R$ 17 e R$ 32 bilhões no período de 2021 a 2023, representando até 13% do valor que pode deixar de circular.

Segundo a análise, para cada R$ 10 mil de faturamento adicional, o salário dos trabalhadores brasileiros poderia aumentar em R$ 18,8, destacando o impacto direto do setor de turismo na economia e no bem-estar social do país.

O estudo foi apresentado durante uma reunião do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, em Brasília, com a presença de empresários do setor, representantes de federações do comércio de todo o país e parlamentares que apoiam a continuidade do PERSE. Durante o encontro, foi assinado um manifesto que será entregue em um ato público na Câmara dos Deputados, visando sensibilizar as autoridades sobre a importância de manter o programa.

Conforme os dados revelados, antes da pandemia, o setor de turismo apresentava um crescimento anual em torno de 6%. Com a implementação do PERSE, essa taxa saltou para 30%, influenciando não apenas o turismo, mas também indicadores sociais relevantes. O estudo aponta que cada aumento de 1% no valor adicionado pelo setor de turismo na economia geral resulta em um aumento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

José Roberto Tadros, presidente da CNC, ressalta a importância do turismo como um dos motores do desenvolvimento do Brasil. Tadros destaca que, dos dez estados com maior atividade turística, seis estão localizados no Nordeste e um no Norte do país, regiões que, apesar do potencial turístico, têm uma participação modesta no PIB nacional. Ele enfatiza que o turismo pode desempenhar um papel crucial na melhoria das condições de vida em diversas regiões, e que reduzir investimentos nesse setor não é a resposta adequada.

Marcos Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac de Sergipe, expressou sua preocupação com o possível fim do PERSE, destacando os avanços conquistados pelo turismo em seu estado e os impactos negativos que o encerramento do programa poderia causar para as empresas do setor e para a economia local.

O PERSE foi instituído pela Lei nº 14.148/2021 como uma medida de alívio para os empresários do setor de eventos durante a pandemia de COVID-19. O programa ofereceu isenção de diversos impostos e possibilitou a renegociação de dívidas, contribuindo para a sobrevivência de muitas empresas em um momento de crise econômica sem precedentes. Com previsão de vigência até fevereiro de 2027, o PERSE se tornou fundamental para a recuperação do setor e para a manutenção de empregos em todo o país.

O encerramento prematuro do PERSE representaria um golpe significativo para a economia brasileira, colocando em risco não apenas a recuperação do setor de turismo, mas também o desenvolvimento socioeconômico de diversas regiões do país.

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