O volume de chuva registrado nos últimos dias em Sergipe foi bem acima da média histórica para o período. Somente na região Centro-Sul, em um dia choveu três vezes mais do que era esperado para todo o mês.
O Centro de Meteorologia de Sergipe apontou que um volume histórico de aproximadamente 140 milímetros atingiu a região do município de Tobias Barreto, em um só dia. Em menor proporção, as pancadas também atingiram todas as regiões do estado e continuam, o que provocou impactos no agronegócio, em algumas cadeias a chuva contribuiu, em outras trouxe prejuízos.
De acordo com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe, Ivan Sobral, o produtor enfrenta situações adversas durante todo o ano. “A chuva é sempre bem-vinda, mas quando em excesso alguns produtores sofrem com perdas, com as terras encharcadas”, explica o presidente. Além disso, pode atrapalhar a colheita do milho, principal produto agrícola do estado.
Os técnicos de campo da Assistência Técnica e Gerencial do Senar Sergipe, acompanham esses impactos junto aos produtores, eles sugerem alternativas que melhoram a produtividade, mesmo diante das situações adversas naturais.
No Sertão, o produtor de leite comemorou a chegada da chuva, que encheu açudes e deixou a pastagem do jeito que o gado precisa.
Já os produtores de hortaliças, da região agreste de Sergipe reclamaram. É que as áreas de plantio ficaram encharcadas, o que prejudicou a plantação de novas mudas. “O grande volume de chuva destruiu os canteiros que estavam preparados para o plantio, para evitar situações assim é preciso proteger o solo”, explicou a técnica de campo do Senar Sergipe, a engenheira agrônoma Paula Yaguiu.
As chuvas animaram os produtores de gado de corte, porque garantiram que no verão as pastagens estarão verdinhas, levando alimento ao rebanho. Cenário que leva esperança ao produtor.
Na ovinocultura e caprinocultura a chegada da chuva foi comemorada. É que áreas que já estavam secando, foram molhadas e renovadas, garantindo boa alimentação para caprinos e ovinos.
Já na produção de camarões, o impacto das trovoadas tem sido negativo. O técnico de campo do Senar Sergipe, o engenheiro de pesca Sidney Sales, explica que as trovoadas diminuem as correntes de vento e os camarões acabam morrendo por falta de oxigênio na água. Nessa hora, os produtores têm investido nas técnicas de manejo para minimizar esses impactos indicadas pelos técnicos de campo, do Senar Sergipe.