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Governo de Sergipe adota medidas para aumentar aplicação de vacinas no estado

Governo de Sergipe adota medidas para aumentar aplicação de vacinas no estado

Doenças que já tinham sido eliminadas, como o sarampo, voltaram a circular no país; foco da Secretaria de Estado da Saúde é melhores índices de imunização

Com o objetivo de alcançar a marca de 95% de cobertura vacinal, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), dá sequência em 2023 ao trabalho do calendário fixo de vacinação de crianças, adolescentes, adultos e idosos sergipanos. De acordo com o gerente de Imunização da SES, Sândala Teles, houve uma queda significativa entre os anos de 2016 e 2022, sobretudo durante o período de isolamento social, na pandemia da Covid-19.

Segundo o gerente, em 2016 foram registradas as taxas mais baixas de procura de alguns imunobiológicos, como a vacina contra a meningite, que, pelo Programa Nacional de Imunização, tem meta de 95% de cobertura vacinal, mas naquele ano apresentou 83% em Sergipe . Para a meningite são indicadas duas doses da vacina, aos três e cinco meses de vida, com reforço aos 12 meses. Crianças de até dez anos de idade que ainda não foram vacinadas ou ficaram sem uma dose têm a vacina disponível.

“Melhorar a cobertura vacinal é uma preocupação do Ministério da Saúde (MS) e da Vigilância Sanitária. Há vacinas que tinham entre 90% e 95% de cobertura e o índice começou a cair para 80% de uns anos para cá. A queda não foi só em Sergipe, começou a cair no país de um modo geral. Situações como as fake news incitaram as pessoas a acreditar que as doenças não existiam mais, quando sabemos que existem, como, por exemplo, o sarampo, que voltou a circular em 2018, depois de muito trabalho para ser removido”, disse o gerente.

Cobertura

Este ano, a SES dá sequência ao trabalho de acompanhamento mês a mês da distribuição e retroalimentação de imunizantes. Além de fazer a entrega das seringas, o papel do estado é ser o responsável pelo planejamento da recepção, armazenamento e distribuição das vacinas para os 75 municípios, além de capacitar os técnicos e retroalimentar os estoques, enquanto a execução fica a carga da gestão municipal . “Cada gestor municipal é responsável por vacinar seus munícipes. Por isso é importante esse trabalho de conversar e sensibilizar esses gestores, mostrando como está a situação”, disse Sândala.

Os dados da cobertura vacinal no estado de Sergipe mostram que o percentual de imunização começou a apresentar melhorias no ano passado. No dia 6 de março, a SES iniciou a segunda fase de aplicação das vacinas bivalentes da Pfizer para pessoas de 60 a 69 anos de idade, com o objetivo de reduzir os casos graves e óbitos por Covid-19 e a variante Ômicron. Dando sequência ao calendário, em abril terá início a campanha de vacinação contra a influenza (gripe).

“O programa de imunização da SES tem o calendário de vacinação e dentro desses calendários têm os períodos de campanha. A única vacina que garantiu somente em campanha é a gripe. E por que manteve a pólio em campanhas? Porque as coberturas não estão boas! É por isso que o país resolve fazer campanha de pólio, para que a gente vá atrás dos bolsões, que são aquelas pessoas que não foram vacinadas. A vacina de pólio está em rotina e se essa criança cumprir esse calendário certinho, ela não vai adoecer”, enfatizou. 

Importância

O funcionário público Felipe Teixeira reconhece a importância de estar em dia com o esquema vacinal. Ele contorna que em sua família todos estão com as devidas doses tomadas. Sua filha Helena, de sete anos de idade, tomou a terceira dose contra a Covid-19 em fevereiro passado e em dezembro deve tomar a segunda dose contra a meningite.

“Acreditamos na Ciência, na eficácia das vacinas. Vimos os efeitos que as campanhas de vacinação infantil trouxeram ao Brasil, erradicando doenças que eram tão comuns no passado, como a poliomielite, e que hoje quase não se vê mais crianças com paralisia infantil”, declarou, acrescentando que ele e sua esposa tomaram como quatro doses contra a Covid-19. Ele disse que lamenta o ressurgimento do sarampo no país. “Uma doença que já esteve controlada, mas, devido ao negacionismo de algumas pessoas, está voltando. Espero que a população se conscientize e vacine seus filhos, para que essas doenças evitáveis ​​com a vacina saiam de circulação”.

O pensamento do funcionário público é reforçado pelo diretor da Vigilância em Saúde da SES, o médico infectologista Marco Aurélio. “A introdução da vacinação trouxe a diminuição e o controle de doenças. Algumas puderam ser eliminadas, outras erradicadas e para a doença que existe vacina ela é a melhor forma de controle, porque faz com que a gente tenha uma resposta imunológica ao agente infeccioso, seja ele um vírus ou uma bactéria, sem ter uma doença, sem experimentar uma doença, porque, quando se tem uma doença, você pode ter complicações, até o óbito. Proteger-se por meio da vacina é fundamental. Tem a vacina da febre amarela, que foi recentemente administrada no nosso calendário vacinal em Sergipe, que antes era aplicada somente às pessoas que saíam para a zona de transmissão, mas agora ela é aplicada também na rotina de todas as crianças”,