Duas escolas da rede estadual receberam gêneros alimentícios da Agricultura Familiar
O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), iniciou a distribuição de gêneros alimentícios em torno do projeto-piloto de regionalização da alimentação escolar. O projeto objetiva adquirir os produtos perecíveis produzidos por grupos informais, fornecedores individuais e grupos formais da Agricultura Familiar, bem como contribuir para uma alimentação mais saudável e equilibrada dos estudantes sergipanos. A iniciativa é apoiada pela Emdagro e pelo Sebrae.
Após a chamada pública realizada em outubro deste ano, cinco agricultores individuais passaram a fornecer os alimentos para o Centro de Excelência Dr. Edélzio Vieira de Melo, em Santa Rosa de Lima, e o Centro de Excelência Doutor João de Melo Prado, localizado em Divina Pastora. O investimento inicial foi de R$ 13 mil, o qual garantiu às duas unidades obter quiabo, maxixe, cenoura, beterraba, pimenta de cheiro, abobrinha, mamão, goiaba e manga.
De acordo com a diretora do Departamento de Alimentação Escolar (DAE), a importância do projeto-piloto “é que quando se regionaliza a aquisição dos produtos, além de beneficiar os agricultores daquela região, os produtos chegam mais frescos porque a logística é muito menor, ou seja, eles plantam e fornecem na mesma cidade. O produto chega fresco e com qualidade, sem problemas com embalagens, por exemplo. Além disso, o projeto beneficia os agricultores individuais que produzem no quintal de casa”, destacou.
O diretor do Centro de Excelência, Dr. Edélzio Vieira de Melo, Almir Pinto, relata que a regionalização do serviço promove a celeridade do processo e do transporte dos alimentos, visto que os agricultores estão a poucas distâncias da unidade escolar, de modo a fornecer os alimentos em um curto prazo. “Os nossos alunos gostaram porque têm uma manga fresquinha; goiaba, não só para consumir a própria salada de fruta, mas também fazendo suco; o mamão que não era um hábito no cardápio e hoje já se tem uma prática de servir no café da manhã uma fruta ou um suco. Ocorreu de recebermos produtos da região que não imaginávamos, a exemplo do maxixe, quiabo, beterraba e abobrinha. De uma maneira geral a comunidade está satisfeita, e esperamos que os produtos da agricultura familiar sejam ampliados, podendo receber coentro, couve e alface também”.
O projeto-piloto de regionalização da alimentação escolar prepara-se para a conclusão da etapa dois, cujo foco é finalizar a distribuição dos gêneros alimentícios presentes na produção agrícola do território Leste sergipano, onde está localizada a Diretoria Regional de Educação 4 . Na ocasião, dezesseis escolas poderão adquirir cerca de 80 tipos diferentes de alimentos na região, 13 dos quais são de hortaliças, 25 de frutas e 20 de outros produtos, a exemplo de polpas, bolo, farinhas etc. Nesta etapa foram envolvidos 90 gestores escolares e 130 agricultores.