A Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) expressa seu apoio à greve deflagrada pelos técnicos administrativos da UFS (Universidade Federal de Sergipe) e pelos técnicos administrativos e docentes do IFS (Instituto Federal de Sergipe), com início previsto para o dia 3 de abril. O movimento visa à valorização profissional, recomposição salarial e reestruturação das carreiras.
Desde o golpe contra a presidente Dilma em 2016, os governos de Temer e Bolsonaro têm implementado um projeto de desmonte da educação pública federal e do serviço público, prejudicando trabalhadores e comprometendo o futuro da juventude brasileira.
O reajuste proposto pelo Governo, de 9% para os trabalhadores das universidades a ser pago em duas parcelas nos anos de 2025 e 2026, não contempla as perdas salariais acumuladas ao longo do tempo, que chegam a 53%.
Os técnicos administrativos das universidades e institutos federais estão entre os profissionais com as menores remunerações no serviço público federal. Nas universidades federais, a categoria totaliza cerca de 130 mil trabalhadores ativos e 94 mil aposentados e pensionistas, distribuídos por todo o país.
Um reajuste salarial significativo para esses servidores públicos é essencial para impulsionar a economia nacional, fazendo com que os recursos federais circulem por todo o país.
É fundamental também combater a precarização e a sobrecarga de trabalho que têm gerado adoecimento entre os técnicos e docentes, prejudicando o ensino, a pesquisa e a extensão. As universidades e institutos federais desempenham um papel crucial na produção de conhecimento e na formação profissional da juventude, sendo essenciais para a soberania nacional.
Além disso, é importante destacar o papel dos técnicos administrativos e professores nos Hospitais Universitários, onde atendem a população mais vulnerável por meio do SUS (Sistema Único de Saúde). Durante a pandemia, sua dedicação e bravura foram fundamentais para salvar vidas, merecendo reconhecimento e valorização adequados.
A CUT/Sergipe se coloca à disposição dos servidores e docentes das universidades e institutos federais para fortalecer essa luta. Ao mesmo tempo, fazemos um apelo ao presidente Lula para que implemente uma política de gestão que reconheça e valorize efetivamente os técnicos administrativos e docentes das universidades e institutos federais do Brasil.
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