Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil contabilizou um preocupante aumento de 5% nos casos de hanseníase em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 19.219 novos diagnósticos. Essa realidade destaca a importância da campanha ‘Janeiro Roxo’, que busca conscientizar a população sobre a doença e combater o preconceito associado a ela.
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. A transmissão ocorre principalmente quando uma pessoa com a forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas suscetíveis através de espirro, tosse ou fala em casos de contato próximo e prolongado.
A campanha ‘Janeiro Roxo’ tem como propósito informar a população sobre as formas de transmissão, desmistificando equívocos que levam à exclusão social das pessoas afetadas. É crucial esclarecer que não há transmissão de hanseníase por meio de abraços, compartilhamento de objetos pessoais como pratos e talheres, roupas de cama, entre outros.
Mesmo as pessoas com muitos bacilos são consideradas fontes de infecção apenas até o início do tratamento específico, que, vale ressaltar, deve ser procurado imediatamente ao surgirem os primeiros sintomas. Os principais indicativos da hanseníase incluem manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade, além de áreas de pele seca e falta de suor, com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas.
O tratamento da hanseníase exige a assistência de um médico dermatologista, e é fundamental destacar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o tratamento de forma gratuita.
Além do tratamento, a prevenção também desempenha um papel crucial no combate à hanseníase. Hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática regular de atividade física, associados a condições básicas de higiene, contribuem para fortalecer a imunidade e reduzir o risco de contrair a doença.
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