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Julgamento da descriminalização do porte de drogas no STF deve ser retomado no início de 2024

Julgamento da descriminalização do porte de drogas no STF deve ser retomado no início de 2024

Julgamento da descriminalização do porte de drogas no STF deve ser retomado no início de 2024

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará, no início de 2024, o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635659, que analisa a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. A decisão vem após a devolução automática de uma vista do processo, que ocorreu após o término do prazo de 90 dias do recurso de análise solicitado pelo ministro André Mendonça.

Segundo a assessoria do STF, a prática comum é que o presidente da Corte, atualmente o ministro Luís Roberto Barroso, inclua na pauta as ações para julgamento assim que liberadas pelo sistema do STF. Com a pauta de dezembro já fechada, a expectativa é que o caso seja retomado em uma das primeiras sessões plenárias do próximo ano.

Em novembro, a Corte iniciou a análise do recurso apresentado pela Defensoria Pública contra a prisão em flagrante de Francisco Benedito de Souza, detido com 3 gramas de maconha em um Centro de Detenção Provisória. O foco da discussão é a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006).

Até o momento, a Corte conta com pelo menos quatro votos favoráveis a algum tipo de liberação. Para formar maioria, são necessários mais três votos dos sete restantes, indicando uma possível decisão pró-liberação. Dentre os ministros que já se manifestaram, três entendimentos se destacam:

  1. O relator, ministro Gilmar Mendes, sinalizou favoravelmente à descriminalização de todos os tipos de drogas em 2015.
  2. O ministro Luis Roberto Barroso, em divergência naquele ano, propôs a liberação do porte exclusivamente para usuários de maconha, estabelecendo critérios para diferenciar consumo de tráfico.
  3. O ministro Edson Fachin considera inconstitucionalidade exclusivamente em relação à maconha, defendendo que os parâmetros para diferenciação devem ser definidos pelo Congresso Nacional.

Na retomada do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes propôs critérios nacionais específicos para a maconha, enquanto a então presidente da Corte, ministra Rosa Weber, votou a favor da medida, limitando sua posição à maconha.

O único voto contrário até o momento foi do ministro Cristiano Zanin, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A maioria dos ministros ressalta que a discussão não trata de legalização, mas de descriminalização, assegurando que cidadãos que portarem certa quantidade de droga não serão penalizados, sendo enquadrados como usuários.

A discussão aborda a constitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas de 2006, que considera crime o porte para consumo pessoal sem autorização legal. Os ministros enfatizam que a proposta é a descriminalização, não a legalização. Os votos favoráveis até agora são dos ministros Gilmar Mendes, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Rosa Weber. O ministro André Mendonça pediu vista e suspendeu o julgamento, que deve ser retomado no início do próximo ano.

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