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Moradores do Residencial Mangabeiras celebram a concretização do sonho da casa própria

Moradores do Residencial Mangabeiras celebram a concretização do sonho da casa própria

Um momento inesquecível na vida de milhares de famílias aracajuanas que estavam submetidas a condições subumanas e insalubres numa ocupação irregular na Comunidade Mangabeiras: o sonho da casa própria se tornou realidade com a entrega, pelo prefeito Edvaldo Nogueira, das primeiras 704 unidades habitacionais da primeira etapa do Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, no bairro 17 de Março. 
Para Andrea Rocha, 39 anos, reconhecida como uma liderança entre os moradores, alcançar a casa própria dialoga com a renovação da esperança em relação ao poder público, o acesso a direitos fundamentais e o avanço para uma cidadania concreta.  

“Gratidão é a palavra-chave para tudo isso. Eu acho que o olhar por si só já fala o quanto estamos felizes, realizados. Eu digo sempre que agora eu moro em uma reta para a praia, uma reta para a maternidade e uma reta para a UPA. É saber que é meu, já recebi com a escritura. É sair do lixo e estar vindo para o luxo, isso é maravilhoso”, conta Andrea. 

O projeto do residencial é uma realização da Prefeitura de Aracaju com recursos do programa Pró-Moradia, do Governo Federal e contrapartida municipal, em um investimento superior a R$ 124 milhões. No total, 1.320 unidades habitacionais serão entregues, em plantas compartimentadas com salas, dois dormitórios, cozinha e área de serviço. 

Junto às primeiras casas, foi inaugurada também a infraestrutura completa do residencial, composta por 19 ruas com pavimentação asfáltica, redes de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário, água potável e energia elétrica, passeios em concreto e acessibilidade. O novo conjunto está integrado à Reserva Extrativista (Resex) Mangabeiras, criada pela Prefeitura de Aracaju para possibilitar a preservação da mangaba e o manejo sustentável do fruto para as famílias extrativistas da comunidade, as quais também estão contempladas com as unidades habitacionais.

Para a dona de casa Andreia dos Santos, mãe de seis e grávida da sétima criança, olhar para trás e acreditar que sairia de uma realidade dificílima, marcada pelo medo da chuva, das pragas animais, da escolha entre o alimento e uma nova lona para se proteger, não parecia fazer sentido. Mas, a sensação de lutar por uma vida melhor sozinha mostrou-se equivocada com o passar do tempo.   

Segundo o aposentado Adriano Vital, o primeiro a receber a chave, uma pessoa com deficiência, de 44 anos, a concretização do sonho da casa própria foi um dia importante para refletir em relação às dificuldades que viveram no passado, nas circunstâncias da antiga ocupação, e se emocionar com a conquista.  

“A situação lá na ocupação era crítica, não era lugar de ninguém morar, mas como a gente precisava, para sair um pouco do aluguel, desafogar, ainda mais quem tem família, a alternativa foi ali. Agora, recebendo essas casas a sensação é muito grande, uma emoção até difícil de botar para fora. Vamos ter mais qualidade de vida, mais atenção de um posto, do Cras, ou um mercadinho, além disso, não tem perigo de sair e voltar, diferente de lá. Achei tudo muito bonito, planejado. Em comparação com onde a gente morava, estamos em um palácio”, diz. 

Para a dona de casa Andreia dos Santos, mãe de seis e grávida da sétima criança, olhar para trás e acreditar que sairia de uma realidade dificílima, marcada pelo medo da chuva, das pragas animais, da escolha entre o alimento e uma nova lona para se proteger, não parecia fazer sentido. Mas, a sensação de lutar por uma vida melhor sozinha mostrou-se equivocada com o passar do tempo.   

“Eu não acreditei”, conta a dona de casa Andrea dos Santos. “O sentimento é de alegria. Tenho que agradecer primeiro a Deus e depois ao prefeito. Ele pensou em tudo, enquanto eu ainda estava pensando no meu barraco, ele queria algo melhor para nós”, comemora. 

O Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres contará também com duas praças (uma concluída e outra a iniciar) e uma Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei), cuja construção está em pleno andamento.