Diante de elementos probatórios que justificam uma investigação, o Ministério Público de Sergipe decidiu instaurar inquérito civil e apurar denúncia de corrupção contra o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana. A intenção do MP é esclarecer o valor despendido com locação de equipamentos para enfrentamento da Covid-19 durante o auge da pandemia. A denúncia partiu do vereador Neto Batalha (PP), recém eleito deputado estadual.
Segundo o denunciante, a gestão de Marcos Santana gastou 2 milhões e 300 mil reais para alugar grades de contenção que serviram de barreira sanitária para o controle e combate da Covid-19, no período de março de 2020 a março de 2022. O vereador assegura que o valor pago pela Prefeitura de São Cristóvão foi superfaturado 20 vezes quando comparado ao pagamento de materiais semelhantes em outros municípios.
Para Neto Batalha, a abertura do inquérito civil significa a existência de elementos incontestáveis para investigar a denúncia apresentada ao Ministério Público. “Isto quer dizer que o MP enxergou e vislumbrou provas suficientes para dar início ao procedimento investigatório”, esclareceu o vereador.
Sanções
A promotora de justiça Maria Helena Moreira Sanches Lisboa foi quem determinou a adoção de diligências neste caso. Se o Ministério Público constatar a ocorrência dos ilícitos serão ajuizadas ações cíveis, podendo o prefeito ser condenado por improbidade administrativa, cujas penas vão de multa, restituição de valores e inelegibilidade.
Também há possibilidade de medidas judiciais no âmbito criminal com a condenação do próprio prefeito para o cumprimento de pena pelo crime contra administração pública.