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Nova onda de Covid-19 chega ao Brasil

Nova onda de Covid-19 chega ao Brasil

A taxa de testes positivos para Covid-19 apresentou um aumento nas primeiras semanas de agosto no Brasil, de acordo com relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30). Em ambos os levantamentos, foi constatado um aumento de aproximadamente 7 pontos percentuais, representando o dobro de pessoas que testaram positivo para o vírus Sars-Cov-2.

Esse aumento ocorre em um contexto diferente das fases anteriores da pandemia, uma vez que a maioria da população já foi vacinada, reduzindo o risco de casos graves da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está atualmente monitorando o aumento da circulação da subvariante Éris da Ômicron, que é apontada por especialistas como um dos fatores contribuintes para o aumento dos casos. Embora seja mais transmissível, a Éris não está associada a casos mais severos ou fatais, sendo classificada pela OMS como uma “variante de interesse”, em um grau inferior às “variantes de preocupação”.

No que diz respeito à vacinação, o Brasil está enfrentando um cenário de sazonalidade dos casos, com a maioria da população já tendo recebido as doses básicas da vacina. No entanto, apenas 15% do público-alvo recebeu o reforço da vacina bivalente até o mês de julho.

Diante dessa situação, grupos vulneráveis e indivíduos imunossuprimidos são aconselhados a redobrar os cuidados com aglomerações e a manter o uso de máscaras como medida de proteção.

Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, avalia que a atual onda da Covid-19 deve persistir por um período de 4 a 6 semanas.

Especialistas concordam que, no momento atual, ter todas as doses possíveis da vacina contra a Covid-19 é a medida mais eficaz. A imunização generalizada tem sido crucial para evitar o aumento de internações e mortes.

Carla Kobayashi, infectologista, destaca a importância de uma imunidade mais específica proporcionada pela vacina bivalente, que inclui um antígeno específico para a variante Ômicron, aumentando a proteção. No entanto, a procura por essa vacina tem sido baixa, com apenas 15% do público-alvo vacinado até julho.

Kobayashi ressalta que pessoas com baixa imunidade podem não desenvolver a mesma resposta imunológica pela vacina, tornando o uso de máscaras ainda mais recomendado para esse grupo. Ela enfatiza que usar máscaras em ambientes fechados com aglomerações reduz a chance de transmissão não apenas do vírus da Covid-19, mas também de outros vírus respiratórios, como a influenza.

O aumento dos casos foi relatado por duas fontes diferentes. A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa laboratórios e clínicas privadas, observou um aumento de testes positivos de 6,3% (de 29 de julho a 4 de agosto) para 13,8% (de 12 a 18 de agosto). O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) também registrou um aumento de testes positivos de 7% para 15,3% entre as semanas de 22 de julho e 19 de agosto.

Segundo o ITpS, as taxas mais elevadas de testes positivos foram observadas nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%).

A infectologista Carla Kobayashi enfatiza que o vírus da Covid-19 coexistirá como um vírus respiratório, assim como cerca de outras 20 cepas sazonais. Ela destaca que o cenário atual difere muito do início da pandemia devido à vacinação em massa, à imunidade adquirida e à evolução do vírus para uma forma menos letal e mais transmissível.

Carla Kobayashi explica que o aumento dos casos pode ser atribuído à sazonalidade do vírus e à coexistência com outros vírus respiratórios. Isso pode resultar em infecções leves ou até mesmo graves, como pneumonia causada pelo Covid-19 ou sintomas semelhantes aos da gripe, com a gravidade variando de pessoa para pessoa.

Reprodução autorizada mediante a divulgação da Fonte:https://imprensa24h.com.br

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