Quais seriam as regras do comum acordo dito por um vereador que houve entre os vereadores, Prefeito afastado, Vice-prefeito (agora, prefeito em exercício), e quem sabe outras lideranças lá no Município de Canindé de São Francisco/SE? A narrativa de 8 vereadores era que: “o povo tá sofrendo”.
É incontestável que Weldo Mariano e companhia, dentre as companhias estava o vice-prefeito, e hoje, Prefeito em exercício, colocaram Canindé de São Francisco mais uma vez nas páginas de jornais de forma negativa. Mas, o que nos chama bastante a atenção foi a união de 8 (oito) vereadores, pelo menos foi o que disse o Vereador para tirar Weldo Mariano do exercício de seu cargo.
Aliás, o jovem político, Klebinho Feitosa e o Decano da casa, Adriano de Bonfim, dentre outras figuras importantes no cenário político daquele município, tiveram uma forte atuação nesse cenário negativo no Município de Canindé. Triste realidade desse lindo e acolhedor município, que fica cerca de 200km da Capital Sergipana, Aracaju.
Algumas coisas nos chamaram a atenção. A princípio estavam unidos 8 (oito) vereadores para receber uma denúncia e pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), o que já corria nos 4 cantos do município que o impeachment do Sr. Weldo Mariano seria algo cravado como certo.
Entretanto, no último dia 27 de junho do corrente ano, o Sr. Prefeito Weldo Mariano apresentou um pedido de afastamento do cargo por 180 (cento e oitenta) dias, sob justificativa de questões pessoais; e aí, os vereadores de Canindé, e nas palavras do Vereador Klebinho isso estaria sendo permitido por um “comum acordo” dos 8 (oito) vereadores.
Isso nos causa estranheza pelo o seguinte: antes de permitir o afastamento, os 8 vereadores estariam convencidos que Weldo Mariano deveria sofrer um impeachment, pois haveria imputações de crimes contra ele, entretanto, depois do “comum acordo”, foi permitido o afastamento.
E diante de tudo isso ficam as perguntas:
Tudo isso teria sido uma estratégia de 8 (oito) vereadores e de mais pessoas para levar o prefeito a pedir o afastamento, depois da pressão que vinha sofrendo?
Os 8 (oito) vereadores teriam relevado as denúncias oferecidas pelo o cidadão, desistindo de abrir a CPI para se investigar os crimes denunciados?
Os vereadores teriam recuado por saber que as denúncias não resultariam de fato em um impeachment?
Tudo isso aconteceu em uma tentativa de burlar a justiça sergipana?
Será que isso teria como estratégia tirar o foco do pedido de afastamento do prefeito a pouco mais de 2 meses, o prefeito que estava administrando sob uma liminar da justiça?
O que foi acordado entre eles, conforme alega o vereador?
Aliás, em que deu a inspeção do TCE naquele Município, a pedido da justiça?
Outros fatos nos causaram surpresa também.
No dia 03 de julho do corrente ano, o Prefeito em exercício nomeou seu time de secretários, alguns deles experientes e já conhecidos de outrora, outros, novatos que serão avaliados em suas primeiras experiências.
O novo Secretário de Agricultura é o filho de 1 (um)dos 8 (oito) vereadores, pode ser uma mera coincidência, esse mesmo vereador teria indicado a nova Secretária de Turismo; a nomeação da nova Secretária de Ação Social e do novo Superintendente da SMTT, também teria sido indicação de 1 (um) dos 8 (oito) vereadores, este último sendo irmão do próprio.
O Sr. Ronildo Bezerra, um Ex-vereador daquele município, teria sido o mentor principal desse acordão, e como recompensa teria indicado o novo Secretário de Esportes, que é seu irmão.
O Jornalista, Srº. Luiz Edurado Costa, o proprietário da Rádio Xingo FM, teria feito parte dessas tratativas como recompensa teria indicado sua esposa, a Drª. Eliane Morais para ser Secretária Municipal de Educação.
Outros 2 (dois) fatos bastantes curiosos, embora existam muitos, foi a permanência do Sr. Rildo Joaquim no mesmo cargo de Secretário de Obras, o homem da confiança do prefeito afastado, e que teria, também, contribuído para a turbulenta gestão do Sr. Weldo; e também chama a atenção da permanência do Sr. Missinho Balbino, este último nomeado como Chefe de Gabinete do “novo” governo, e pasmem, Missinho Balbino é Presidente do Partido dos Trabalhadores no Município, partido esse que é filiado o prefeito afastado; parece que no final das contas a culpa é tão somente do Prefeito afastado! Que realmente não deixa de ser. Nomeou pessoas que não podia tirar.
E aqui teria mais gente que fez parte do “acordão” para forçar Weldo Mariano a pedir afastamento, porém, procuraram ser espertos o suficiente para não aparecer nas fotos da nova equipe, a exemplo da equipe jurídica da Prefeitura.
Há informações que até empresários locais, donos de grandes estabelecimentos e empresas que prestam serviços no Município, teriam feito parte dessa “união do bem”, em nome dos próprios interesses.
E o ex-vereador “Hugo de Pank” nomeado como Secretário de governo, não há muita duvida de quem tenha indicado né verdade?! O próprio que o nomeou, que é seu pai.
O enigma paira, por enquanto, quem teria feito as indicações do novo Secretário de Finanças, Claudio Reis, um velho conhecido de algumas figuras lá no Município de Canindé, e novo Secretário de Saúde, Izidério Souza.
Então, encerrando por aqui os fatos curiosos, embora existam diversos, ao mesmo tempo surge uma pergunta para os 8 vereadores, que se uniram em favor do dito povo.
Os 8 vereadores “lutaram tanto pelo o povo” para poder indicar pessoas no novo governo? Teria sido isso as regras do “o acordão”?
O que estamos percebendo é que o “comum acordo” ou o “acordão” dessa turma toda talvez o povo que se falava não necessariamente seria a população atingida pelo o descaso. Pode ser “o povo lá de casa”.
O Prefeito Weldo Mariano se encontra afastado de suas atividades por 180 (cento e oitenta) dias. Mas havia em aberto um processo de afastamento movido pelo Ministério Público local sob diversas denúncias, dentre elas, infringência ao limite de gastos com pessoal, o chamado limite prudencial.
Como disse, o prefeito afastado se sustenta em uma liminar da justiça, e neste interim foi realizada uma inspeção do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe por 30 (trinta) dias no Município de Canindé de São Francisco. O que teriam achado os técnicos do Tribunal de Contas? Procede as denúncias feitas pelo o MP? Esse processo ficaria parado por 180 dias, considerando o pedido de afastamento que teve como justificativas “questões pessoais”? Ou isso poderia originar em uma intervenção estadual naquele município, o que implicaria também o afastamento do vice-prefeito, e agora prefeito em exercício, já que todos estavam no “comum acordo”?
O acordo em Canindé foi tão bem ordenado que teria a “união” de muitos personagens que era tido como improvável no campo da política. Então, mais uma vez fica claro que o povo sempre está em segundo plano.
Esperamos que parem de usar o povo como escudo para as narrativas de alguns. A narrativa de 8 vereadores era “o povo está sofrendo”! Como disse, o que parece ser o “povo lá de casa”.
Esperamos que a justiça sergipana tome conhecimento dos fatos narrados e apure as denúncias feitas pelo o Ministério Público Estadual. A conversa de que o novo prefeito em 3 (três) meses colocaria a casa em ordem, talvez faça parte do “comum acordo”, até porque o “novo” prefeito já começa errado seu governo, praticando nepotismo de forma direta e de forma cruzada, o que era criticado pelo o mesmo dias atrás.
O ACÓRDÃO PASSOU POR CIMA DE TODOS E DE TUDO. TRISTE REALIDADE EM CANINDÉ DE SÃO FRANCISCO/SE. TUDO PELO O PODER.