Navegando pelas redes sociais, esse humilde comentarista político deparou-se com um vídeo do nosso querido prefeito Edvaldo Nogueira, celebrando a reunião da FNP (Frente Nacional dos Prefeitos) que ocorre no dia 13 e 14 de março em Brasília, organização essa que reúne milhares de prefeitos de todo o Brasil, e que tem como presidente o prefeito de Aracaju.
Longe de mim julgar a FNP e seus membros, mas acho minimamente curioso que essa instituição tenha em sua presidência, um gestor que não consegue fazer o próprio dever de casa. A capital de Sergipe, administrada há mais de uma década por esse senhor é destaque nos seus índices socioeconômicos, mas não por motivos bons, mas justamente pelo contrário. Aracaju é uma cidade campeã as avessas. Somos os melhores entre os piores.
Somos uma capital que não temos plano diretor, não temos plano de mobilidade urbana, não temos um transporte público licitado. Em verdade, todos os principais planos que são básicos para o desenvolvimento de uma cidade, simplesmente não temos aqui em nossa própria casa.
Em outras áreas, somos autoridades no que não se fazer. Temos um dos piores IDEBs entre as capitais do Brasil, somos uma das capitais mais violentas do país, temos ainda um dos piores sistemas de mobilidade urbana. Os problemas se multiplicam, somam-se a outros que poderiam já ter sido resolvidos pelo prefeito que se vangloria pela sua quarta gestão, enfim, são tantos problemas que não caberiam aqui nessa coluna.
Seria cômico, se não fosse trágico, que o prefeito de uma cidade que não é modelo em nada seja o líder de uma federação que reúne gestores municipais de todo o Brasil. No total de 38 promessas feitas pelo Sr. Edvaldo Nogueira quando candidato em 2020, nenhuma foi cumprida no quesito mobilidade urbana, esporte, infraestrutura, segurança pública e turismo. E na área da saúde, apenas uma promessa saiu do papel.
Em conclusão, temos ainda muito chão a trilhar no que se refere ao desenvolvimento de Aracaju, pagamos hoje um alto preço pelas nossas escolhas eleitorais. Mas nunca é tarde para mudar a rota e seguir um outro caminho. A eleição é logo ali, 2024 está mais perto do que nunca.
Escrito por Prof. Leonardo Lisboa
Comentarista político