Astrônomos confirmam o terceiro objeto interestelar já detectado pela humanidade. O cometa gelado atravessa o Sistema Solar a mais de 200 mil km/h e será visível até 2026.
Um objeto interestelar foi detectado atravessando o Sistema Solar a uma velocidade impressionante de mais de 200 mil km/h, confirmaram astrônomos nesta quarta-feira (2). Esta é apenas a terceira vez que a humanidade registra a passagem de um corpo celeste proveniente de fora do sistema solar, um evento raro e de grande relevância para a comunidade científica. A informação foi confirmada pelo Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional (IAU).
De acordo com os dados oficiais repassados à agência AFP, o objeto foi classificado como um cometa, com características que sugerem composição predominantemente de gelo, ao contrário de asteroides rochosos. O astrônomo Jonathan McDowell, do renomado Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, explicou que seu brilho e forma indicam uma estrutura volátil, provavelmente oriunda das profundezas do espaço interestelar.
Richard Moissl, chefe de defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA), assegurou que não há risco de colisão com a Terra. O cometa passará próximo à órbita de Marte, em rota de saída do sistema solar. “Sua trajetória mostra claramente que ele não está preso à órbita do Sol, e retornará ao espaço interestelar após sua passagem”, disse Moissl à AFP.
A descoberta foi feita pelo projeto ATLAS, sistema de monitoramento de asteroides da NASA, localizado no Havaí. O astrônomo David Rankin anunciou em sua conta na rede social Bluesky que o corpo celeste foi detectado na terça-feira (1º) e, a partir daí, observatórios do mundo inteiro começaram a recuperar dados anteriores, localizando registros do objeto desde 14 de junho.
Estima-se que o cometa tenha entre 10 a 20 quilômetros de diâmetro, embora o valor possa ser menor se for composto por gelo — substância que reflete mais luz e pode dar a impressão de um tamanho maior. Segundo Moissl, o objeto se tornará ainda mais visível conforme se aproxima do Sol, com brilho crescente até o fim de outubro. Será possível observá-lo com telescópios até o início de 2026.
Esse é o terceiro objeto com origem confirmada fora do Sistema Solar já registrado pela ciência. O primeiro foi o famoso ʻOumuamua, identificado em 2017 e cercado por teorias sobre sua origem incomum. Em 2019, veio o 2I/Borisov, que teve comportamento mais tradicional, semelhante a cometas do nosso sistema. Agora, essa nova descoberta reforça a importância da vigilância astronômica para o entendimento do cosmos.
Para mais informações sobre descobertas espaciais, consulte o site oficial da NASA ou o portal da ESA. O Imprensa 24h continuará acompanhando os desdobramentos deste fenômeno cósmico, mantendo os leitores informados com dados oficiais e atualizações em tempo real.
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