O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) oficializou, na última segunda-feira, a saída de Manuela d’Ávila, uma das figuras mais proeminentes da legenda. A decisão marca o fim de uma relação de mais de 20 anos entre a ex-deputada e o partido, período em que ela construiu uma trajetória de destaque na política nacional, incluindo sua candidatura à vice-presidência em 2018, ao lado de Fernando Haddad (PT), e à Prefeitura de Porto Alegre em 2020.
Em uma carta aberta, Manuela d’Ávila anunciou sua saída, expressando orgulho pela sua trajetória no PCdoB, mas afirmando que era o momento de buscar novos caminhos. Segundo a ex-deputada, a decisão foi tomada em conjunto com o partido e foi motivada pela necessidade de se alinhar a novos desafios e construir projetos políticos de forma independente.
Em nota, o PCdoB manifestou respeito e gratidão pela militância de Manuela ao longo dos anos, destacando seu papel fundamental na luta por direitos sociais e igualdade de gênero. O partido afirmou que a saída de Manuela ocorre em um clima de cordialidade e compreensão, ressaltando que ela sempre será lembrada como uma das grandes líderes que ajudaram a dar visibilidade à legenda.
A saída de Manuela d’Ávila gera especulações sobre seu futuro político. Há rumores de que a ex-deputada possa se aproximar de outras siglas ou optar por um projeto independente, dada sua popularidade nas redes sociais e sua forte base de apoio. Especialistas afirmam que Manuela pode buscar um espaço mais flexível para defender suas bandeiras e expandir seu alcance político, especialmente em temas como igualdade de gênero, direitos sociais e combate às fake news.
A decisão de Manuela d’Ávila de deixar o PCdoB simboliza uma nova fase em sua carreira e pode impactar o cenário político, especialmente em relação às próximas eleições municipais e gerais. A ex-deputada continua sendo uma das mais conhecidas representantes da esquerda brasileira e sua trajetória política ainda está longe de se encerrar.