Nesta manhã de sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em Belém, Pará, contra um vigilante suspeito de disseminar imagens ameaçadoras de possíveis ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula, através das redes sociais. A ação visa coletar evidências relacionadas aos crimes alegados e prevenir possíveis atentados contra o presidente. O homem sob investigação também é detentor de porte de arma de fogo.
Segundo informações fornecidas pela Polícia Federal, a operação tem como objetivo “obter elementos adicionais para fortalecer a convicção sobre a ocorrência de crimes e evitar a possibilidade de um ataque ao presidente”. As mensagens extremistas teriam sido identificadas nas redes sociais do suspeito.
Na tarde de ontem, a Polícia Federal também deteve um fazendeiro no Pará, sob a acusação de ter feito ameaças de atentado a Lula. O fazendeiro teria até mesmo pesquisado informações para identificar o hotel onde o presidente ficaria hospedado em Santarém, Pará, no início da próxima semana.
As ameaças teriam sido proferidas enquanto o fazendeiro comprava bebidas em uma loja na quarta-feira. Testemunhas afirmam que ele teria dito que “daria um tiro na barriga do presidente”. Além disso, ele questionou outros clientes sobre o local onde Lula ficaria hospedado na cidade.
O inquérito da Polícia Federal foi instaurado após uma testemunha denunciar as declarações do fazendeiro. Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.
O fazendeiro, quando detido, admitiu ter participado de atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, inclusive invadindo o Salão Verde da Câmara dos Deputados. Ele confessou ainda ter participado de manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém durante 60 dias após as eleições do ano passado, afirmando ter doado R$ 1.000 por dia para esses protestos.
Durante a operação que levou à prisão do fazendeiro, os investigadores encontraram evidências de uma transação de compra e venda de um imóvel na região, no valor de R$ 2,5 milhões. O fazendeiro alegou ser produtor rural e já ter trabalhado como garimpeiro.
A Polícia Federal informou que o suspeito poderá ser indiciado por crimes de ameaça e incitação a atentado contra pessoa por motivação política, além da posse irregular de arma de fogo.
Reprodução autorizada mediante a divulgação da Fonte:https://imprensa24h.com.br