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Prefeitos de 11 Estados Organizam Protestos por queda no repasse de Recursos Federais para Municípios

Prefeitos de 11 Estados Organizam Protestos por queda no repasse de Recursos Federais para Municípios

Nesta quarta-feira, 30 de agosto, prefeitos de 11 Estados brasileiros estarão unidos em um movimento de protesto intitulado “Sem FPM não dá, as prefeituras vão parar”, com o objetivo de reivindicar um aumento nas receitas repassadas pelo governo federal para os municípios. Essa mobilização, organizada em parceria com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), abrange principalmente os Estados do Nordeste, além de contar com a adesão de cidades dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A principal preocupação dos prefeitos está centrada na distribuição da receita do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para o segundo semestre deste ano. O FPM, um montante repassado pela União às administrações municipais, é constituído por 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A CNM destaca que a diminuição dos recursos afetou significativamente as finanças municipais, impactando diretamente na prestação de serviços à população.

A pesquisa conduzida pela CNM revelou que, no primeiro semestre deste ano, houve uma redução alarmante nas verbas destinadas às emendas parlamentares. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o corte foi de quase 73%, passando de R$ 10,43 bilhões para R$ 2,80 bilhões. Além disso, foi constatada uma diminuição de 4,5% na cota-parte destinada aos municípios no Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), agravando ainda mais a situação financeira das prefeituras.

O movimento ganhou o apoio da CNM, que também denunciou atrasos nos pagamentos das emendas parlamentares. Essa conjuntura difícil levou os prefeitos a organizarem protestos e paralisações em suas cidades, interrompendo atividades administrativas e erguendo faixas questionando a redução dos repasses financeiros. A manifestação não se limitará apenas aos Estados de origem dos prefeitos; eles têm planos de se reunir em Brasília para manifestar suas demandas e buscar o apoio de parlamentares do Congresso Nacional.

Entre as principais reivindicações dos prefeitos estão:

  1. Aumento de 1,5% no FPM: Os gestores municipais clamam por um incremento na parcela repassada pelo governo federal, visando fortalecer as capacidades locais para atender as necessidades da população.
  2. Redução da alíquota patronal do INSS para 8% para municípios até 156 mil habitantes: Busca-se aliviar os encargos previdenciários sobre os municípios de menor porte, permitindo uma gestão mais eficaz das finanças.
  3. Recomposição do ICMS: Os prefeitos demandam uma revisão nas alíquotas do ICMS para garantir uma fatia mais justa da arrecadação desse imposto.
  4. Fim do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf): Esta medida é considerada crucial para assegurar que as decisões do Carf sejam equilibradas e justas para os municípios.
  5. Ampliação da Reforma da Previdência para os municípios: Os prefeitos buscam uma participação mais ativa na reforma previdenciária, considerando as particularidades e desafios enfrentados pelas administrações locais.

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